Justiça da Colômbia absolve irmão de Uribe em caso de homicídio

Santiago Uribe, irmão do ex-presidente colombiano de extrema direita Álvaro Uribe, foi absolvido em primeira instância em um caso de homicídio e vínculo com grupos paramilitares, informou nesta quarta-feira...

(Arquivo) O ex-presidente colombiano Álvaro Uribe
Foto: DIANA SANCHEZ
(Arquivo) O ex-presidente colombiano Álvaro Uribe
Diana Sanchez

Santiago Uribe, irmão do ex-presidente colombiano de extrema direita Álvaro Uribe, foi absolvido em primeira instância em um caso de homicídio e vínculo com grupos paramilitares, informou nesta quarta-feira (13) uma das partes do processo.

O irmão mais novo do ex-presidente (2002-2010) era investigado desde 2013 por suspeita de relação com um grupo de milícias de extrema direita que atuou na década de 1990, ao qual se atribuem diversas mortes ocorridas no noroeste do país.

A absolvição de Santiago das acusações de homicídio e associação criminosa por um tribunal de Medellín "é difícil de aceitar para as vítimas, principalmente após anos de depoimentos e provas”, reagiu o advogado de vários denunciantes, Sergio Mesa, em entrevista ao portal Cuestión Pública.

Além de absolver Uribe, o juiz Jaime Herrera decidiu abrir processos por falso testemunho contra sete pessoas, segundo a imprensa local.

Álvaro Uribe, que também é processado por suspeita de ligação com os esquadrões paramilitares que espalharam o terror nos anos 1990, havia negado as acusações contra seu irmão, que considerava parte de uma "perseguição" política orquestrada por opositores. “Graças a Deus”, comemorou na rede social X, após a absolvição de Santiago.

O esquerdista Gustavo Petro, atual presidente da Colômbia, afirmou que o juiz responsável pela absolvição teve medo. “Um crime internacional contra a humanidade, como lançar operações de assassinato de civis indefesos sistematicamente, não pode ficar impune por causa do medo de um juiz”, publicou no X.

O advogado Sergio Mesa anunciou que, "tanto a promotoria, quanto a parte civil devem recorrer" da decisão até a próxima quarta-feira.

AFP