Os adolescentes europeus se sentem mais pressionados em nível escolar e menos apoiados por seus familiares e colegas, advertiu nesta quarta-feira (13) a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A proporção de adolescentes que se sentem apoiados por suas famílias diminuiu de 73% para 67% em quatro anos, uma queda ainda mais acentuada no caso das meninas, das quais 64% se sentem apoiadas por suas famílias, contra 72% quatro anos atrás.
Segundo a pesquisa, que comparou dados de 2022 e 2018, também aumentou o número de jovens que se sentem pressionados por causa dos estudos.
Em 2022, quase dois terços das meninas de 15 anos, ou 63%, declararam que se sentem sob pressão, contra 54% em 2018. Entre os meninos, 43% relataram que se sentem assim, 3% a mais do que em 2018, segundo o relatório do escritório da OMS na Europa.
"Os adolescentes de hoje enfrentam desafios sem precedentes em seu entorno social, o que pode ter consequências a longo prazo em sua saúde e em suas perspectivas de futuro", apontou o diretor regional Hans Kluge, citado no comunicado da OMS.
O abandono que os adolescentes sentem não é apenas familiar, uma vez que eles também se sentem menos amparados por seus colegas, principalmente as meninas, segundo o relatório.
Em 2018, 61% dos adolescentes afirmavam se sentir apoiados por pessoas da mesma idade, contra 58% em 2022. No caso das meninas, a queda foi de 67% para 62%.
Para ajudar os adolescentes, o relatório defende a criação de ambientes escolares inclusivos, reduzindo o tamanho das turmas e implementando programas de tutoria, bem como a integração da aprendizagem socioemocional ao programa.
O estudo ouviu 280 mil jovens de 11, 13 e 15 anos, de 44 países da Europa e Ásia Central e do Canadá.