Catedral de Notre-Dame toca sinos pela primeira vez desde o incêndio de 2019

Cerimônia marcou o anúncio da reinauguração da igreja, marcada para o próximo mês

Foto mostra monumento 'Charlemagne et ses Leudes' em frente à catedral de Notre Dame de Paris, em 25 de outubro de 2024
Foto: AFP
Foto mostra monumento "Charlemagne et ses Leudes" em frente à catedral de Notre Dame de Paris, em 25 de outubro de 2024

Os oito sinos do campanário norte da catedral de Notre-Dame de Paris, que se prepara para reabrir em 7 de dezembro, voltaram a ser ouvidos na manhã desta sexta-feira (8), mais de cinco anos depois do  incêndio que destruiu o edifício.

Pouco antes das 10h30 locais (6h30 em Brasília), os sinos tocaram um a um, acionados por motores.

"É uma etapa bonita, importante, simbólica", declarou Philippe Jost, diretor do organismo público encarregado de restaurar a catedral, que também assistiu ao acontecimento.

"Todos os sinos juntos, é a primeira vez" desde o incêndio de abril de 2019, disse, a menos de um mês da reabertura da catedral de estilo gótico.

"Ainda não está tudo perfeito. Vamos afiná-lo até a perfeição, mas esse primeiro teste é conclusivo", afirmou, emocionado, Alexandre Gourgeon, da empresa Gourgeon, que é responsável pelo projeto de reinstalação dos sinos, celebrando "um grande feito".

Na quinta-feira (7) foram realizados testes individuais em cada sino.

Esse sinal sonoro marca mais uma etapa na reconstrução de uma das maiores catedrais do Ocidente, que está na Lista do Patrimônio Mundial da Unesco e um dos monumentos mais visitados da Europa.

Sinos foram atingidos por incêndio

Durante o incêndio de abril de 2019, as chamas atingiram parte do campanário norte do edifício, que teve que ser restaurado. Para isso, os oito sinos que essa torre abriga foram cuidadosamente retirados, limpos de pó de chumbo e restaurados antes de serem devolvidos ao seu local original.

Os oito sinos levam os nomes de personalidades que marcaram a história da catedral e da Igreja, como "Gabriel", que pesa mais de 4 toneladas, ou "Jean-Marie", de 800 quilos, o menor deles, em homenagem ao cardeal Jean-Marie Lustiger, arcepisbo de Paris de 1981 a 2005.

Eles retornaram a Notre Dame em meados de setembro com uma pequena cerimônia durante a qual foram abençoados.