Biden detalha empréstimos do G7 à Ucrânia e diz que 'tiranos' vão ter que pagar

O presidente Joe Biden declarou, nesta quarta-feira (23), que “os tiranos” vão ter que pagar, após os Estados Unidos anunciarem um empréstimo de US$ 20 bilhões (R$ 114 bilhões) à Ucrânia, que será...

(Arquivo) Os Estados Unidos anunciaram um empréstimo de US$ 20 bilhões à Ucrânia
Foto: DREW ANGERER
(Arquivo) Os Estados Unidos anunciaram um empréstimo de US$ 20 bilhões à Ucrânia
Drew ANGERER

O presidente Joe Biden declarou, nesta quarta-feira (23), que “os tiranos” vão ter que pagar, após os Estados Unidos anunciarem um empréstimo de US$ 20 bilhões (R$ 114 bilhões) à Ucrânia, que será reembolsado com juros de ativos russos congelados.

“Os tiranos serão responsáveis pelos danos que causarem”, disse o presidente americano.

O G7 concordou em junho em usar os juros de ativos russos congelados para conceder um empréstimo de US$ 50 bilhões (R$ 286 bilhões) à Ucrânia. Biden comemorou que o país "pode receber a ajuda de que necessita agora, sem que os contribuintes tenham que pagar”.

O presidente americano ressaltou que o anúncio representa "um novo lembrete a Vladimir Putin de que o mundo está unido em apoio à Ucrânia”. Suas declarações ressoam fortemente a menos de duas semanas das eleições presidenciais nos Estados Unidos.

O ex-presidente e candidato republicano, Donald Trump, critica o valor da ajuda concedida à Ucrânia, e Kiev teme que ele suspenda esses fundos se voltar para a Casa Branca.

A secretária do Tesouro americana, Janet Yellen, reuniu-se hoje com o ministro das Finanças ucraniano, Sergii Marchenko, que viajou a Washington para as reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Mundial.

“O G7 se comprometeu a conceder US$ 50 bilhões em empréstimos à Ucrânia até o fim do ano", disse Janet no começo da reunião, após a qual foi assinada uma declaração conjunta.

Os outros US$ 30 bilhões serão fornecidos pelos demais países do grupo, informou hoje o vice-assessor de Segurança Nacional da Casa Branca para Economia Internacional, Daleep Singh.

O aporte americano deve se dividir entre ajuda econômica e militar, e será canalizado pelo Banco Mundial, por meio de um fundo sujeito a fortes medidas de transparência, explicou Singh. A ajuda militar requer aprovação do Congresso, que será parcialmente renovado nas eleições de 5 de novembro.

AFP