Edgard Leblanc Fils, chefe do Conselho de Transição que governa o Haiti, ante a Assembleia Geral da ONU em Nova York
Leonardo Munoz
Edgard Leblanc Fils, chefe do Conselho de Transição que governa o Haiti, ante a Assembleia Geral da ONU em Nova York
Leonardo Munoz

O Conselho de Segurança das Nações Unidas prorrogou, nesta segunda-feira (30), por um ano, a missão policial multinacional no Haiti, mas sem pedir que se transforme em uma força de manutenção da paz da ONU, como sugeriu Porto Príncipe.

A resolução, adotada por unanimidade, expressa "profunda preocupação com a situação no Haiti, incluindo a violência, as atividades criminosas e o deslocamento maciço".

Na sexta-feira, a ONU disse que mais de 3.600 pessoas morreram este ano pela violência de gangues "sem sentido" que assola o país.

A missão policial liderada pelo Quênia que busca ajudar a polícia nacional haitiana a recuperar o controle das áreas dominadas por gangues foi estendida até 2 de outubro de 2025.

Embora opere com o aval das Nações Unidas e do governo haitiano, não é uma força dirigida pela ONU.

Vários meses depois de receber a primeira aprovação do Conselho em outubro de 2023, Quênia começou a mobilizar seus contigentes neste verão (norte).

A força conta agora com 400 agentes.

Na semana passada, o presidente do Quênia, William Ruto, prometeu que a mobilização terminaria em janeiro, com o total chegando a 2.500 homens.

Mas com a missão marcada por uma falta crônica de financiamento, Edgard Leblanc Fils, chefe do conselho de transição que governa o Haiti, declarou na semana passada ante a Assembleia Geral em Nova York, que ele gostaria de que se transformasse "em uma missão de manutenção da paz sob o mandato das Nações Unidas".

Essa medida permitiria arrecadar os fundos necessários, afirmou, fazendo eco a uma recente proposta de Washington.

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