Greve de funcionários da Boeing em Seattle, em 13 de setembro de 2024
Jason Redmond
Greve de funcionários da Boeing em Seattle, em 13 de setembro de 2024
Jason Redmond

As negociações entre a fabricante de aviões americana Boeing e o Sindicato Internacional de Maquinistas e Trabalhadores Aeroespaciais (IAM) serão retomadas na terça-feira (17), no âmbito de uma mediação federal, anunciou a seção local desta organização.

"O sindicato se reunirá na terça-feira com mediadores federais designados pelo Serviço Federal de Mediação e Conciliação (FMCS) e a Boeing para iniciar as discussões", disse na noite de sábado o IAM-District 751, que representa mais de 33.000 membros do sindicato da Boeing na área de Seattle (noroeste).

O sindicato informou à AFP neste domingo que não possuía outros dados, enquanto a empresa se recusou a comentar.

Assim que a greve foi anunciada, o grupo indicou que estava ansioso para voltar à mesa de negociações e chegar a um acordo.

Cerca de 94,6% dos trabalhadores representados pelo IAM-District 751 rejeitaram o projeto de acordo coletivo anunciado em 8 de setembro, e 96% aprovaram a paralisação das atividades.

A última greve na Boeing, que emprega cerca de 170 mil pessoas, ocorreu em 2008 e durou 57 dias.

O FMCS anunciou na noite de sexta-feira que as partes "retomarão suas reuniões no início da próxima semana", sem especificar uma data.

"Este é o momento de nos levantarmos, de mostrar à Boeing que nossas vozes não são apenas poderosas, mas que não podem ser silenciadas", disse o sindicato no sábado, convidando os grevistas a divulgar a situação na empresa para “todo o país e além".

"Estamos mais fortes do que nunca e não desistiremos", advertiu a organização.

A greve, que começou com a expiração do acordo coletivo anterior à meia-noite de quinta-feira, paralisou duas importantes fábricas da Boeing: as de Renton e Everett, que produzem o 737 MAX - o modelo mais vendido -, o 777 de transporte de carga e o avião-tanque 767, cujas entregas já estão atrasadas.

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