Fotomontagem criada em 22 de julho de 2024 mostra a vice-presidente Kamala Harris em Washington e o ex-presidente e candidato republicano Donald Trump em Milwaukee, Wisconsin
Brendan Smialowski
Fotomontagem criada em 22 de julho de 2024 mostra a vice-presidente Kamala Harris em Washington e o ex-presidente e candidato republicano Donald Trump em Milwaukee, Wisconsin
Brendan SMIALOWSKI

A quase dois meses das eleições nos Estados Unidos, Kamala Harris e Donald Trump tentam, nesta quarta-feira (4), atrair novos eleitores, no mesmo dia em que aparecem ombro a ombro em uma última pesquisa realizada em pelo menos três estados cruciais.

Esta pesquisa, publicada pela CNN, confirma que, como costuma acontecer nos Estados Unidos, o resultado das eleições presidenciais será decidido em alguns poucos estados com enorme influência.

Os três campos de batalha eleitoral mais disputados são Nevada, Geórgia e Pensilvânia, sendo este último o estado que provavelmente decidirá o vencedor.

Trump visitará Harrisburg mais uma vez para uma reunião pública com eleitores, promovida por Sean Hannity, um comentarista político da Fox News, considerado conservador e próximo ao bilionário.

O evento será gravado e transmitido às 21h em Washington (22h de Brasília).

- Cervejaria -

Kamala irá até New Hampshire, na histórica região da Nova Inglaterra, para uma viagem focada nas pequenas e médias empresas.

Nesta região de tendência democrata, a candidata visitará uma cervejaria fundada por duas mulheres em um setor tradicionalmente dominado por homens.

Kamala, de 59 anos, quer multiplicar por dez, de 5.000 para 50.000 dólares (R$ 28,1 mil e R$ 281 mil), a dedução fiscal para a criação de pequenas empresas, segundo um membro de sua equipe de campanha.

Chamada de "comunista" por Trump, ela pretende melhorar sua imagem de candidata das classes médias e trabalhadoras em contraste com um adversário acusado de favorecer as multinacionais.

Após se beneficiar do impulso gerado pela convenção democrata em Chicago, a vice-presidente americana agora corre o risco de perder força.

Nos últimos dias, vários editorialistas de grandes jornais, que tendem a favorecer os democratas, pediram que ela detalhasse suas propostas para o país. Alegam que sua entrevista da última quinta-feira, junto com seu companheiro de chapa Tim Walz, carecia de substância.

"O período de lua de mel (de Kamala Harris) acabou", declarou Trump nesta quarta-feira, em uma rádio local em New Hampshire.

"Se ela ganhar, nosso país nunca se recuperará, será uma catástrofe", acrescentou o líder republicano, que perdeu a vantagem nacional que tinha em julho, antes de o presidente Joe Biden se retirar da corrida presidencial.

- 15% de indecisos -

Em uma pesquisa publicada nesta quarta-feira pelo The Economist, Harris obtém 47% das intenções de voto a nível nacional, contra 45% de Trump.

Muitos republicanos gostariam que o magnata moderasse o tom e focasse suas críticas nos resultados do mandato de Biden/Harris, mas o bilionário continua com seus ataques pessoais e sua mania de colocar adjetivos.

"Ela é uma marxista, vai destruir nosso país", repetiu nesta quarta-feira.

De acordo com a pesquisa da CNN, cerca de 15% dos eleitores ainda estão indecisos nos estados-pêndulo, ou seja, aqueles que tendem a se inclinar para um partido ou outro dependendo das eleições.

Kamala é apontada como vencedora em Wisconsin e Michigan, enquanto Trump ganharia no Arizona.

Após a visita a New Hampshire nesta quarta-feira, a democrata se concentrará nos sete estados-chave que decidirão o futuro da maior potência mundial em 5 de novembro.

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