O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou, nesta quarta-feira (4), que o movimento islamista palestino Hamas recusou todos os pontos de uma proposta para um cessar-fogo em Gaza que ajudaria na libertação dos reféns.
"O Hamas recusou tudo (...) Espero que isso mude porque quero libertar os reféns", afirmou Netanyahu após o Departamento de Estado dos EUA declarar na terça-feira que é "hora de concluir" um acordo.
"Estamos tentando encontrar algum espaço para começar as negociações", indicou o premiê. "Eles se negam (...) Dizem que não há nada para conversar".
Netanyahu enfrenta pressão em Israel e internacionalmente para chegar a um acordo que permita a libertação dos reféns que permanecem na Faixa de Gaza, após as autoridades anunciarem no fim de semana que recuperaram os corpos de seis sequestrados em um túnel em Gaza.
Ele afirmou que as forças israelenses manterão o controle do corredor Filadélfia, um ponto-chave na fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito, e prometeu que não cederá "às pressões sobre este tema".
O grupo islamista exige uma retirada total das tropas israelenses dessa área, como parte das negociações mediadas pelo Catar, Estados Unidos e Egito para alcançar uma trégua.
O conflito foi desencadeado em 7 de outubro, quando um ataque de combatentes do Hamas em Israel provocou a morte de 1.205 pessoas, a maioria civis, segundo um balanço baseado em dados oficiais israelenses.
Além disso, os combatentes islamistas sequestraram 251 pessoas: 97 continuam retidas em Gaza e 33 morreram, de acordo com o exército israelense.
Em resposta ao ataque, Israel lançou uma vasta retaliação que já deixou 40.861 mortos no território palestino, segundo o Ministério da Saúde da Faixa.
Em vários protestos esta semana, manifestantes em Israel responsabilizaram Netanyahu pelas mortes dos reféns, afirmando que ele não fez as concessões necessárias para alcançar um cessar-fogo.