O presidente de Camarões, Paul Biya (C), no aeroporto de Pequim em 4 de setembro de 2024
WU HAO
O presidente de Camarões, Paul Biya (C), no aeroporto de Pequim em 4 de setembro de 2024
WU HAO

O presidente da China, Xi Jinping, recebe nesta quarta-feira (4) mais de 20 governantes de países africanos, na maior reunião de cúpula em vários anos em Pequim, onde devem abordar a cooperação em infraestrutura, energia e educação.

O encontro começa nesta quarta-feira com um jantar e prosseguirá na quinta-feira com um discurso de Xi e os debates.

A China, segunda maior economia do mundo, é o principal parceiro comercial da África e busca acesso aos grandes recursos naturais do continente, como ouro, cobre, lítio e terras-raras.

Também concedeu aos países africanos bilhões de dólares em empréstimos que ajudaram a construir infraestruturas, mas que também provocaram polêmica devido ao endividamento provocado.

Segundo uma contagem da AFP, 25 governantes chegaram a Pequim ou confirmaram participação no fórum China-África, incluindo alguns países com grades dívidas.

Antes da reunião de cúpula, o presidente chinês teve encontros com mais de 10 líderes africanos em Pequim, segundo a imprensa estatal chinesa, que elogiou Xi como um "verdadeiro amigo da África".

Durante um encontro com o presidente da Nigéria, Bola Tinubu, um dos países mais beneficiados pelos empréstimos chineses, Xi defendeu mais cooperação para o "desenvolvimento de infraestruturas, energia e recursos minerais", segundo a agência estatal Xinhua.

Também expressou apoio ao homólogo do Zimbábue, Emmerson Mnangagwa, alvo de sanções dos Estados Unidos por casos de corrupção e abusos dos direitos humanos.

Vários analistas afirmam que a "generosidade" de Pequim com a África pode ser reduzida diante dos problemas econômicos internos da China.

Ao mesmo tempo, as disputas com os Estados Unidos podem influenciar cada vez mais a política externa de Pequim.

"Receber os africanos é do interesse geopolítico para a China, que deseja manter estes países ao seu lado diante da rivalidade com os Estados Unidos", comentou Zainab Usman, diretora do Programa para África do Carnegie Endowment for International Peace.

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!