Um homem conforta Jaroslav Bazilevich (à direita), cuja família foi morta em um bombardeio russo em Lviv, oeste da Ucrânia, 4 de setembro de 2024
Yuriy Dyachyshyn
Um homem conforta Jaroslav Bazilevich (à direita), cuja família foi morta em um bombardeio russo em Lviv, oeste da Ucrânia, 4 de setembro de 2024
YURIY DYACHYSHYN

Um ataque russo na cidade ucraniana de Lviv matou, nesta quarta-feira (4), uma mulher e as suas três filhas, deixando o pai como o único sobrevivente da família, informaram as autoridades ucranianas.

O bombardeio matou sete pessoas nessa cidade no oeste da Ucrânia, localizada a centenas de quilômetros da linha de frente. No geral, Lviv não foi fortemente bombardeada desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022, em comparação com outras áreas.

Nas redes sociais, começou a circular rapidamente a foto de uma família de cinco membros sob o sol, na qual uma das filhas segura um buquê de flores.

"Depois do ataque de hoje, apenas o homem desta foto sobreviveu. Sua esposa, Yevgenia, e suas três filhas - Yarina, Darina e Emilia - foram mortas em sua própria casa", disse o prefeito de Lviv, Andrii Sadovi, nas redes sociais.

A filha mais velha, Yarina Bazilevich, trabalhava na iniciativa que fará de Lviv a Capital Europeia da Juventude em 2025. O projeto expressou "uma tremenda tristeza" pela morte do sua "gentil e brilhante" colega.

A Universidade Católica Ucraniana prestou homenagem a Darina Bazilevich, de 18 anos, e publicou algumas das cartas com as quais ela se candidatou para entrar no estabelecimento.

"Estou interessada na cultura e na história do meu país [...] quero desenvolver a cultura da Ucrânia e contar isso ao mundo inteiro", afirmou na carta.

As autoridades ucranianas condenaram o ataque e exigiram, mais uma vez, que os aliados ocidentais forneçam mais meios de defesa antiaérea.

"Quantas famílias terão que morrer antes que a Ucrânia tenha todos os meios e decisões para destruir a máquina de guerra russa?", questionou o Ministério das Relações Exteriores ucraniano.

Durante meses, Kiev tem exigido novos meios para proteger as suas cidades dos bombardeios russos e para poder atacar o território russo com os mísseis de longo alcance fornecidos por seus aliados ocidentais.

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