Uma mulher anda de patinete elétrica em Sevilha, sul da Espanha, em 23 de julho de 2024
CRISTINA QUICLER
Uma mulher anda de patinete elétrica em Sevilha, sul da Espanha, em 23 de julho de 2024
CRISTINA QUICLER

Segunda-feira, 22 de julho, foi o dia mais quente já registrado no mundo desde que os registros começaram em 1940, informou nesta quarta-feira (24) o observatório climático europeu Copernicus, superando o recorde estabelecido no dia anterior.

Os primeiros dados do Copernicus mostram uma temperatura média global de 17,15°C na segunda-feira, 0,06°C superior à de domingo, dia em que já havia sido batido o recorde diário da temperatura mais alta já registrada.

O Copernicus, que usa dados de satélite para estimar as temperaturas do ar e do mar quase em tempo real, disse que os seus números são provisórios e que os valores finais podem diferir ligeiramente.

O serviço europeu previu que neste verão seriam batidos recordes diários no Hemisfério Norte e que o planeta suportaria um período particularmente longo de altas temperaturas devido à mudança climática.

"Isso é exatamente o que a ciência climática previu para nós em uma situação em que carvão, petróleo e gás continuam sendo queimados", reagiu Joyce Kimutai, climatologista do Imperial College de Londres, nesta quarta-feira.

"E isto continuará piorando até pararmos de queimar combustíveis fósseis e alcançarmos 'emissões líquidas zero'".

Depois de um ano sem precedentes em termos de calor em 2023, 2024 viu o junho mais quente já medido, e foi o décimo terceiro mês consecutivo a quebrar um recorde de temperatura média em meses equivalentes.

Uma série que Carlo Buontempo, diretor do Copernicus, descreveu na terça-feira como "particularmente surpreendente".

A mudança climática provoca eventos meteorológicos extremos mais longos, mais fortes e mais frequentes, como ondas de calor e inundações, dos quais 2024 não escapa.

    AFP

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