Fabrice COFFRINI
Os países membros da Organização Mundial da Saúde (OMS) decidiram nesta sexta-feira (31) conceder direitos suplementares aos representantes palestinos, seguindo uma decisão semelhante tomada neste mês pela Assembleia Geral da ONU.
Dos 177 países com direito a voto, 101 foram a favor e 5 contra o texto, que busca "alinhar a participação da Palestina" na OMS à sua participação na ONU.
Apresentada por países árabes e muçulmanos, China, Nicarágua e Venezuela, a resolução determina que os palestinos, com status de observadores na OMS, tenham praticamente os mesmos direitos dos membros de pleno direito.
A partir de agora, os palestinos poderão se sentar entre os Estados membros, apresentar propostas e emendas e ser eleitos nas principais comissões da Assembleia da Saúde.
No entanto, como Estado observador, "não tem direito de voto na Assembleia da Saúde nem de apresentar candidatura aos órgãos da OMS".
Os membros da ONU votaram neste mês, em Nova York, a favor de conceder à Palestina mais direitos dentro da organização, depois que sua campanha de adesão plena foi bloqueada pelos Estados Unidos.
Na Assembleia Mundial da Saúde, em Genebra, os palestinos e seus aliados renunciaram a pedir a adesão plena. Segundo fontes diplomáticas, isso respondeu ao temor de que um voto a favor da adesão palestina levasse a uma suspensão automática do financiamento da OMS pelos Estados Unidos.