O TikTok pode ser banido dos Estados Unidos após o presidente Joe Biden sancionar nesta quarta-feira (24) uma lei aprovada pelo Congresso do país. Na última sexta-feira (19), enquanto o tema era debatido por congressistas, Elon Musk, dono do X, se pronunciou contra a proibição do concorrente.
"O TikTok não deve ser proibido nos Estados Unidos, mesmo que essa proibição possa beneficiar a plataforma X", disse Musk em uma publicação na rede social que adquiriu em 2022. "Fazê-lo seria contrário à liberdade de expressão."
A lei sancionada por Biden obriga o TikTok a se desfazer da empresa matriz chinesa ByteDance ou enfrentar uma proibição nacional.
A medida foi incluída em um pacote de ajuda maciça para Ucrânia, Israel e Taiwan, o que facilitou sua aprovação em ambas as câmaras do Congresso americano.
Várias respostas ao comentário de Musk sobre o X expressaram preocupação de que uma proibição do TikTok estabelecesse um precedente que poderia ser usado para atacar outras redes sociais e serviços de mensagens.
Segundo a lei, a ByteDance teria que vender o aplicativo em alguns meses ou seria excluída das lojas de aplicativos da Apple e do Google nos Estados Unidos.
O TikTok criticou o projeto de lei na última semana, afirmando que prejudicaria a economia dos Estados Unidos e minaria a liberdade de expressão.
"É lamentável que a Câmara dos Representantes se escude em uma importante ajuda externa e humanitária para aprovar mais uma vez um projeto de lei de proibição", declarou um porta-voz da empresa.
O porta-voz acrescentou que uma proibição "pisotearia os direitos de liberdade de expressão de 170 milhões de americanos, devastaria 7 milhões de negócios e fecharia uma plataforma que contribui com US$ 24 bilhões [R$ 125 bilhões] anuais para a economia dos Estados Unidos".