EUA interceptam embarcação suspeita de tráfico na Venezuela

Ação resultou em três mortos; grupo é classificado como terrorista

Trump (E) aumenta recompensa para quem capturar Maduro (D)
Foto: Reprodução
Trump (E) aumenta recompensa para quem capturar Maduro (D)

Os Estados Unidos interceptaram um barco na costa da Venezuela, e a informação divulgada pelo governo americano é de que a embarcação era utilizada para transportar drogas pelo Exército de Libertação Nacional (ELN), guerrilha colombiana que expandiu sua atuação e é considerada um grupo terrorista pelo governo americano. Três pessoas morreram.

Esse é o  quinto barco que o governo Trump afunda na região, em meio a uma crescente tensão entre os EUA e a Venezuela. Os americanos alegam que as embarcações levariam drogas para os Estados Unidos, enquanto o governo de Nicolás Maduro acusa Trump de querer invadir o país latino e empreender uma mudança de regime. 

O secretário da Guerra (em setembro Trump mudou o nome de Secretaria de Defesa para Secretaria de Guerra), Pete Hegseth, afirmou que a embarcação seguiria com as drogas para os EUA e justificou a ação comparando a ELN com a Al-Qaeda, grupo terrorista de Osama Bin Laden: 


"Esses cartéis são a Al-Qaeda do Hemisfério Ocidental, usando violência, assassinato e terrorismo para impor sua vontade, ameaçar nossa segurança nacional e envenenar nosso povo. Os militares dos Estados Unidos tratarão essas organizações como os terroristas que são — elas serão caçadas e mortas, assim como a Al-Qaeda", disse

Tensão na América Latina

O governo Trump aumentou as tensões com a Venezuela nos últimos meses, na semana passada o presidente americano confirmou que autorizou a CIA (Central Intelligence Agency) a atuar em solo venezuelano. Maduro deu uma declaração em inglês criticando operações militares dos EUA em outros países e pediu pela paz entre as duas nações:

"Me escutem, guerra não, paz sim, povo dos Estados Unidos” .

O ministério das relações exteriores da Venezuela disse que a fala de Trump é uma violação da soberania, do direito internacional e da carta da ONU. Além disso, eles acusam os americanos de tentarem se apropriar do petróleo do país.