Sim, os absolutos existem!

Um artigo de Paulo Rosenbaum

kibbutzim do sul
Foto: Miriam Sanger
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Talvez você ainda não tenha percebido. Talvez nem mesmo o mundo tenha se dado conta. Se há uma coisa certa, é que eles, os absolutos, existem . Um absoluto é aquele conceito que não permite tergiversação, nem que se embarque na onda de expor o mal sob a palavra reducionista da moda: polarização

Qual seria o sentido do absoluto? 

Que os terroristas que há dois anos massacraram civis no sul do Israel na data 07 de outubro não podem ser perdoados. E não serão. Jamais. Este consenso deveria ser auto evidente para todos aqueles que assistiram os vídeos gravados pelos próprios criminosos. 

Isso é um absoluto. 

Mas como explicar que mesmo antes da reação defensiva do País atacado, com o campo repleto de cadáveres mutilados, ainda retendo algum calor vital, houve quem exaltasse a ação dos carniceiros de Gaza? Saíram às ruas do mundo para festejar e atacar comunidades judaicas. 

Este fenômeno peculiar repetiu-se ontem e talvez hoje pelo mundo. 

É difícil racionalizar o indigerível, embora seja possível. 

Há quem considere que a ideologia – como o canto da sereia que enlouqueceu Ulysses na Odisseia de Homero -- pode chegar a justificar incinerar e cozinhar deliberadamente bebês vivos em fornos. 

E, claro, em seguida a covardia previsível: acusar e vilipendiar um Estado que, na realidade, vem se defendendo dos misseis, estupros e ataques praticado por gangues necrófilas. E depois de lançar suas cargas de veneno acusam os atacados com nomes que as mídias sociais e televisivas internacionais como a Al Jazeera e a BBC consideram sonoros.

O resultado é calculável: através da falsificação das narrativas criar versões críveis para as mentiras. E temos testemunhado os resultados:  criar fraturas e insuflar a intolerância tem consequências.  

Mesmo assim tu preferes acreditar nesta versão fabricada, não é mesmo? 

Quantas vezes precisaremos te demonstrar que é mais do que evidente que não há, nunca houve, intenção genocidária por parte das forças de defesa israelenses. Não apenas não há números que comprovem, mas também não há nada que evidencie tal intenção. E isso foi atestado por experts militares e não militares, técnicos, e relatórios independentes. 

Mas não são suficientes para ti, correto? 

É claro que eu deveria poupar esforços porque tu já decidiste que é o que tu queres que seja. Escolheste dar fé a uma entidade, o “Mistério da Saúde” (sic) da agremiação terrorista que oprime e aniquila seus próprios cidadãos. Que não tolera diversidade religiosa ou política, e promove linchamento de membros da comunidades LGBTQ+. Que adota um regime tirânico e misógino, onde as mulheres não gozam de direitos humanos fundamentais. 

Chegamos neste ponto. E aqui estamos. 

Onde nem os absolutos merecem respeito. 

Eis uma era onde cada cabeça defini suas próprias verdades quando é evidente que só poderiam ser achadas consensualmente. 

Aceitar os absolutos de que há limites para tolerar o mal não é aceitável para ti, porque serias obrigado a confrontar teus preconceitos. Torna-se então mandatório desafiar tuas ideias dogmáticas e o teu viés negacionista. Tua cabeça tem sido feita por teorias maleficências recitadas em jograis por educadores que calam a liberdade intelectual. 

Então se você acha que é justificável massacrar pessoas, comemorar a morte civis inocentes, mostrar simpatia por assassinatos políticos de quem não reza pela mesma cartilha, ou marchar pedindo o fim do único País judaico do planeta: olhe-se no espelho e assuma: você é um racista! 

Fica a sugestão deste exercício psicológico: olhe-se no espelho e repita três vezes: 

-- Eu sou um racista! 

Programe-se para faze-lo pelo menos duas vezes ao dia antes das refeições.  

Pode ser baixinho para que tua mãe ou teus filhos não fiquem decepcionados com o filhão, ou o paizão respectivamente. Ou você já os doutrinou direitinho? 

É um absoluto considerar perturbador que festejes a morte. 

É um absoluto ter aversão a quem ache que alguém merece sofrimento e regozijar-se com o mal.  

É um absoluto rejeitar o horror. 

É um absoluto condenar o mal. 

É um absoluto combater o ódio e a intolerância. 

Por quê?

Porque você sabe muito bem que se trata de uma guerra. Sabes perfeitamente que Israel e os judeus do mundo doravante não aceitarão renunciar à sobrevivência. 

E é aqui que seria muito bem aplicado o “nunca mais”. Nunca mais, não significa que eventos trágicos não ocorrerão. “Nunca mais” significa um compromisso com a prevenção. Uma cartilha para o mostrar o presente, e conscientizar o futuro exibindo para a humanidade o que não mais permitiremos. 

Não, meu caro, não é arrogância, é consciência histórica introjetada na veia. 

Vamos lá: tua tática tem sido apontar o dedo para as vítimas pelos crimes que praticas, acobertas ou é cumplice ativo ou passivo. A pé, de carro, ou em flotilhas narcisistas cujos tripulantes foram impiedosamente torturados por músicas do grupo ABAA. 

Quando cruelmente os alto falantes anunciaram uma sequencia de “Gimme, Gimme, Gimme” houve gemidos e alaridos de dor. Quando então chegou a vez de “Dancing Queen” muitos soluçaram entraram em greve de pão de queijo, e pediram falafel sem humus. 

Sabendo que seus slogans falsamente progressistas vêm se esgotando qual seria então tua próxima medida desesperada? 

Cooptação de ressentidos e recrutamento de desiludidos para render culto a assassinos e violadores de crianças e mulheres. 

A imolação em massa com a qual os vociferantes do sofá sonham não acontecerá. Garanto. Não prometemos. Faremos e agiremos. E, de agora em diante, antecipadamente. Agiremos até o fim do que entendemos como tempo linear e seguiremos até as últimas consequências. 

E, ao contrário do que aparece no teu algoritmo fraudado pela I.A, nós não estamos sós, temos alguns bilhões de amigos. 

Aqueles que reputas como modelos sequestraram 253 pessoas. Ainda possuem 48 reféns em túneis fantasmas. E, toda noite, renovam suas ameaças de promover extermínio de uma nação e de uma etnia. E isso é apenas o começo. O que os move é a conquistar a hegemonia e enquanto renunciarem à ela, podemos alcançar sequencias de cessar-fogos. Não a Paz.

Notaram que a autoimolação e usar pessoas e infraestrutura civil para acobertar ações de terror consegue sensibilizar incautos e é uma estratégia que funciona para assassinar acordos. Porque tem sido efetivo no arrebatamento de corações desavisados. O ocidente submeteu-se à uma chantagem escandalosa. E todos conhecem a ética dos chantagistas e qual a sua sorte. E, ao sucumbir, alguns líderes caíram na cilada da chamberlização.  

Aí, já está na hora h, para arrematar, você entra com o falido argumento da colonização. E neste, mais uma vez tu perdes de goleada. Não apenas na arqueologia, mas na literatura, na tradição, e, sobretudo, na realidade. Israel é judaico da cabeça aos pés, incluindo Yeschua Jesus e seus discípulos apóstolos. Terras compradas há mais de quatro milênios incluindo o primeiro registro formal de uma compra, quando Abrão adquiriu a Gruta de Machpelá em Hebron para enterrar sua esposa Sara. 

O velho argumento de apartheid não tem colado com tanta facilidade, especialmente para os 2.1 milhões de árabes israelenses que vivem muito bem em Israel, e que conhecem como os crimes dos inimigos da humanidade dominaram Gaza. Se não acredita, faça uma enquete com os chefes dos clãs locais. Você se espantaria. Na verdade, não, você talvez os acusasse de sionistas infiltrados. 

E para todos aqueles que buscam o cancelamento de Sion através de uma campanha global de calúnia e difamação nos moldes filonazistas -- não apenas de Israel e de sua população, mas também dos judeus do mundo -- uma palavra de desalento: sinto, mas não vai rolar. 

Às vezes, as cabanas são sacudidas pelos ventos e trepidam, algumas perdem bambus, outras, apresentam goteiras e vazamentos, e as mais frágeis ameaçam ruir. 

A lição da festa dos tabernáculos, conhecida também por sukot, não poderia trazer uma mensagem mais clara: antes de chegar à Terra Santa os judeus liderados por Moisés, recém libertos da escravidão, viveram durante 40 anos vagando pelo deserto em tendas. A vivência nos ensinou muito mais do que conhecer a estrutura para mantê-las em pé: aprendemos a arte e o segredo da permanência.

Este é um daqueles mistérios que estão reservados para aqueles que sabem o valor da união, da amizade, e da celebração da vida.     

*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal iG