
O governardor do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), lamentou a execução do ex-delegado Geral Ruy Ferraz Fontes . Por meio das redes sociais, o chefe do Palácios dos Bandeirantes se pronunciou sobre o caso na manhã desta terça-feira (16) .
Ruy Ferraz Fontes foi executado com mais de 20 tiros em Praia Grande, no litoral de São Paulo. Ele atuava como secretário municipal desde 2023. Fontes era conhecido também como um dos pioneiros no combate ao Primeiro Comando da Capital (PCC) . Um dos responsáveis pelo crime já foi identificado pela Polícia .
"O delegado aposentado Ruy Ferraz Fontes deixou um legado marcante na Segurança Pública de São Paulo. Pioneiro nas investigações contra o PCC, dedicou 40 anos à Polícia Civil, chegando ao cargo de delegado-geral da instituição. Ontem, foi covardemente assassinado em Praia Grande, onde atuava como secretário de Administração da prefeitura", disse em sua postagem.
Ele citou ainda a força-tarefa que está em andamento para apurar e prender os criminosos.
"Estamos trabalhando para identificar e prender os criminosos responsáveis, para que sejam exemplarmente punidos pela Justiça, com todo o rigor da lei", finalizou o texto.
Resumo do caso: o que se sabe até agora
Ruy Ferraz Fontes, que exercia função de secretário de Administração em Praia Grande (SP) e tinha mais de 40 anos de carreira na Polícia Civil, foi vítima de uma emboscada na saída da sede da prefeitura na noite de segunda-feira (15).
De acordo com relatos e imagens de câmeras, o carro em que ele estava tentou escapar, colidiu com outro veículo e com um ônibus e, em seguida, homens armados desceram de outro carro e dispararam contra a vítima. Foram usados fuzis e pelo menos três atiradores teriam participado da ação. Veículos utilizados pelos criminosos foram abandonados e um deles foi incendiado.

Reações e investigação
A morte reacendeu preocupações sobre a atuação organizada de grupos criminosos no litoral paulista. O secretário Derrite anunciou mobilização de efetivos especiais e pediu apoio de outros órgãos; a Polícia Federal ofereceu cooperação para as apurações. Autoridades estaduais afirmam que a ação tinha sinais de planejamento e emprego de armamento pesado, o que elevou a resposta operacional na Baixada Santista.
Próximos passos da apuração
A força-tarefa reúne equipes da Polícia Civil, Polícia Militar e grupos especiais para rastrear a rota dos suspeitos, analisar imagens e identificar cúmplices e possíveis mandantes. Fontes oficiais dizem que as linhas de investigação trabalham com motivação ligada à atuação passada do delegado em grandes casos de combate ao crime organizado, além de outras hipóteses que não foram publicamente descartadas. Enquanto isso, trabalhos periciais continuam no local e laudos balísticos são aguardados.