Asteroide 2024 YR4 tem risco de colisão com a Lua

Dados recentes do telescópio James Webb e da Nasa apontam uma chance de 3,8% de impacto contra o satélite natural da Terra

Asteroide de 2024 YR4 tem risco de colisão com a Lua
Foto: Mike Petrucci
Asteroide de 2024 YR4 tem risco de colisão com a Lua


Conforme os novos cálculos divulgados pela Nasa , baseados em observações do telescópio espacial James Webb , o corpo celeste identificado como  2024 YR4 apresenta 3,8% de probabilidade de colidir com a Lua .

Inicialmente, as estimativas indicavam um risco de 3,1% de impacto com a Terra, hipótese que foi descartada para 22 de dezembro de 2032 após análises posteriores.

Os dados atualizados apontam para um aumento na chance de impacto no satélite natural. Em nota, a Nasa afirmou: “Ainda há 96,2% de probabilidades de que o asteroide não impacte a Lua ”.

Essa avaliação está alinhada com as estimativas de Richard Moissl, diretor do Escritório de Defesa Planetária da Agência Espacial Europeia, que chegou a coeficientes próximos a 4%.


Dimensões e implicações

As medições mais recentes definem o tamanho do 2024 YR4 entre 53 e 67 metros – aproximadamente a altura de um prédio de 15 andares. Esse porte ultrapassa o limite mínimo de 50 metros, o critério necessário para a ativação dos planos de defesa planetária.

Embora a possibilidade de colisão na Terra já tenha sido descartada, o risco à Lua motiva o aprimoramento dos cálculos e a busca por melhores estratégias de prevenção, como as alternativas discutidas pelo meio científico, que incluem o uso de armas nucleares, lasers e a missão DART, realizada em 2022 para alterar a trajetória de outro corpo celeste.

2024 YR4 apresenta 3,8% de probabilidade de colidir com a Lua.
Foto: Nasa
2024 YR4 apresenta 3,8% de probabilidade de colidir com a Lua.


Oportunidade científica

Vários especialistas enxergam no possível impacto lunar uma valiosa oportunidade para a observação de fenômenos naturais e a análise dos efeitos de uma colisão .

Cientistas como Mark Burchell e Alan Fitzsimmons afirmam, por exemplo, que tal ocorrência possibilitaria “um grande experimento” para estudar a formação de crateras, visto que o evento poderia ser acompanhado por telescópios e até por binóculos, sem causar efeitos diretos na Terra.

O telescópio James Webb deverá retomar suas observações no próximo mês, visando refinar os dados e confirmar as estimativas atuais.