Após lei marcial, presidente da Coreia do Sul poderá sofrer impeachment

Governo vivia crise com suspeitas de corrupção antes da pressão por parte dos deputados

Presidente da Coreia do Sul sofre pressão por impeachment
Foto: Reprodução
Presidente da Coreia do Sul sofre pressão por impeachment


Na terça-feira (3), o presidente da Coreia do Sul , Yoon Suk Yeol , declarou a lei marcial para conter “forças antiestatais” supostamente associadas à oposição. No entanto, poucas horas depois, ele recuou e suspendeu o decreto, após a Assembleia Nacional rejeitar a medida. O Parlamento sul-coreano rejeitou a lei marcial por 190 votos, o que gerou protestos de manifestantes que celebraram a decisão.

O Partido Democrático, principal oposição ao governo, acusou Yoon de traição e pediu sua renúncia ou impeachment . Em comunicado, Park Chan-dae, membro sênior do partido, afirmou que Yoon não teria mais condições de governar, já que a nação havia tomado conhecimento de suas falhas na administração.

Yoon, que assumiu a presidência em 2022, enfrentou uma baixa popularidade desde sua eleição, com índices de aprovação girando em torno de 20%. Seu governo tem sido marcado por investigações de corrupção, incluindo um caso envolvendo a primeira-dama e o recebimento de presentes ilícitos.

Além disso, o Partido Democrático, que venceu com ampla vantagem as eleições parlamentares de 2023, continua a pressionar Yoon. Na última semana, o partido rejeitou o orçamento do governo e avançou com um plano de cortes de mais de R$ 17 bilhões, o que gerou atritos com o gabinete presidencial.