Movimentos apoiam vítimas após demissão de Silvio Almeida
Agência Brasil
Movimentos apoiam vítimas após demissão de Silvio Almeida

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse a ministros do seu governo ter a intenção de escolher uma mulher negra para o Ministério dos Direitos Humanos, após a demissão de Silvio Almeida. A deputada estadual em Minas pelo PT Macaé Evaristo é considerada favorita no entorno do presidente.

Lula deve bater o martelo sobre a nova ministra ao longo desta semana. A avaliação de auxiliares do presidente é que Macaé preenche os requisitos buscados por Lula para substituir Almeida, demitido após ser alvo de denúncias de assédio sexual, que ele nega. Assim, a escolha de uma pessoa com esse perfil para o ministério seria uma forma de responder à crise provocada pelo episódio.

Macaé Evaristo é professora, foi secretária municipal de Educação em Belo Horizonte entre 2005 e 2012 nas gestões de Fernando Pimentel (PT) e Márcio Lacerda (PSB). Entre 2013 e 2014, ocupou a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do Ministério da Educação, período em que a pasta esteve sob o comando de Aloizio Mercadante e José Henrique Paim.

Em seguida, quando Pimentel governou Minas entre 2015 e 2018, Macaé assumiu a Secretaria de Educação. Em 2020, foi eleita vereadora em Belo Horizonte e em 2022 deputada estadual. Durante a transição dos governos Jair Bolsonaro (PL) e Lula, fez parte do grupo de trabalho da educação.

Caso a indicação se confirme, o PT ampliaria o seu espaço no governo. O partido ficaria com 13 das 39 pastas sob o seu comando. Silvio Almeida não tinha filiação partidária.

Na sexta-feira, após a demissão de Silvio Almeida, a ministra da Gestão, Esther Dweck, foi anunciada como responsável interina pela pasta dos Direitos Humanos. O plano inicial era deixar a secretária executiva Rita Cristina de Oliveira como ministra interina, mas ela pediu demissão em solidariedade a Almeida.

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