
O Laboratório de Oceanografia Dinâmica e por Satélites (Lods) da Universidade Federal do Rio Grande (Furg), divulgou novas imagens de satélite que mostram a mancha de sedimentos da Lagoa dos Patos avançando em direção ao oceano Atlântico.
A água da lagoa não está totalmente represada, o que permite com que os sedimentos acabem indo em direção ao mar. Nem mesmos os ventos vindos do sul, que formam um ciclone extratropical na costa do Rio Grande do Sul conseguiram evitar esse escoamento.
Fabricio Sanguinetti, coordenador do laboratório, explica que essa mancha de cor avermelhada é consequência de uma “pluma de sedimentos”, formada por terra, argila, areia, esgoto e outros resíduos. Essa mancha é consequência do elevado volume de chuvas que atingiu as bacias hidrográficas no norte do estado, enchendo os rios que deságuam no Guaíba e Lagoa dos Patos .
Essa mancha pode atrapalhar a entrada de luz na lagoa, e segundo especialistas, irá afetar os organismos que vivem na Lagoa dos Patos. A consequência disso pode ser problemas para pescadores que dependem da lagoa para se alimentar, por exemplo.
Segundo Sanguinetti, as condições meteorológicas e hidrológicas serão fundamentais para determinar por quanto tempo esses sedimentos ficarão na lagoa. Em diversas partes da Lagoa dos Patos, a água está imprópria para banho.