CGU ordena demissão de Weintraub da Unifesp por faltas injustificadas

O ex-ministro da Educação durante o governo de Jair Bolsonaro era alvo de uma investigação interna da universidade. Salários estavam suspensos desde 2023

 CGU ordena demissão de Weintraub da Unifesp por faltas injustificadas
Foto: Reprodução
CGU ordena demissão de Weintraub da Unifesp por faltas injustificadas


A Controladoria-Geral da União (CGU) determinou a demissão de Abraham Weintraub, ex-ministro da Educação, do cargo que ocupava na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) por faltas ao serviço sem justificativas. A portaria com a decisão foi publicada nesta quarta-feira (7).

Weintraub, professor do magistério superior desde 2014, deveria cumprir carga horária de 40 horas semanais, mas estava sendo alvo de uma investigação interna da Unifesp devido às faltas injustificadas. O processo administrativo foi aberto após uma denúncia recebida pela ouvidoria da instituição em abril de 2023.

Após a abertura da investigação, o salário de Weintraub foi suspenso. Sua esposa, Daniela Weintraub, também estava sendo alvo de uma apuração por faltas injustificadas.


Além da demissão, a CGU determinou que Weintraub fique impedido de ocupar cargos de confiança do Poder Executivo Federal pelos próximos 8 anos.

Abraham Weintraub foi ministro da Educação durante parte do governo de Jair Bolsonaro, entre 2019 e 2020, pedindo exoneração após uma viagem aos Estados Unidos.

Após deixar o ministério, Weintraub ficou sem receber salários da União por quase dois anos. Em junho de 2022, começou a receber uma quantia bruta mensal de R$ 4.520,16, que foi paga até março de 2023.

Em agosto de 2023, Weintraub afirmou em uma live no YouTube que ele e sua esposa se afastaram da universidade no final de 2018 e que, após deixar o Ministério da Educação e se mudar para o exterior, pediu licença não remunerada, alegando estar sendo perseguido politicamente.