Tebet defende separar Ministério da Justiça e Segurança Pública

Ministra do Planejamento negou ter sido sondada ara a vaga de Flávio Dino, que deve ir para o STF

Ministra Simone Tebet é empossada como Ministra do Planejamento
Foto: Foto: Ricardo Stuckert - 02.01.2022
Ministra Simone Tebet é empossada como Ministra do Planejamento

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, defendeu nesta terça-feira (28) a divisão do Ministério da Justiça e Segurança Pública, após a indicação do ministro Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal, feita pelo presidente Lula nesta segunda (27). 

Ela também negou que tenha sido sondada por Lula para assumir a pasta. Segundo a ministra, há recursos suficientes para custear a eventual repartição.

O nome de Tebet é um dos sondados para assumir a pasta, o que abriria uma vaga no Planejamento. 

A nomeação de Dino foi a segunda indicação de Lula, com a saída da ministra Rosa Weber; Se confirmado pelo Senado, Dino ficará 20 anos no STF.

Tebet foi questionada, em conversa com jornalistas, se houve consulta do presidente e se aceitaria eventual indicação:

"Não vamos esquecer que o Ministério da Justiça ainda tem titular. Neste momento não é hora de falar de ocupação de novos cargos, nem de nomeação, porque não há vacância. Não fui sondada, não fui convidada, estou no Ministério do Planejamento e Orçamento a convite do presidente Lula, como ele disse, da cota pessoal dele", disse.

A ministra ressaltou que está “correndo contra o tempo” para conseguir fechar o ano com a aprovação de medidas de ajuste fiscal e a Reforma Tributária.

O Ministério do Planejamento precisa enviar o Plano Plurianual 2024-2027, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA) ao Congresso, o que Tebet disse estar focada em realizar.

"Não temos tempo para pensar em absolutamente nada. O presidente é quem tem que analisar dentro desse tabuleiro de xadrez chamado política quais são as peças a serem movidas. Indicação é um ato personalíssimo do presidente. O MJ é extremamente relevante e precisa ter alguém da estreita confiança do presidente. Ela saberá escolher o que é melhor para o Brasil", declarou a ministra.