O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), disse que o Consórcio Sul, Sudeste (Cossud) luta contra o nordeste pelo protagonismo político que, segundo ele, sua região “nunca teve”. Para o mandatário, os estados menores são mais unidos e, por isso, conseguem aprovar projetos na Câmara dos Deputados, em Brasília.
“Também já decidimos que além do protagonismo econômico que temos, porque representamos 70% da economia brasileira, nós queremos – que é o que nunca tivemos – protagonismo político. Outras regiões do Brasil, com Estados muito menores em termos de economia e população se unem e conseguem votar e aprovar uma série de projetos em Brasília. E nós, que representamos 56% dos brasileiros, mas que sempre ficamos cada um por si, olhando só o seu quintal, perdemos”, afirmou ele em entrevista concedida ao jornal O Estado de São Paulo.
“Eles [políticos do Nordeste] queriam colocar um conselho federativo com um voto por Estado. Nós falamos, ‘Não senhor. Nós queremos [que seja] proporcional à população’. Por que sete Estados em 27, iríamos aprovar o quê? Nada. O Norte e Nordeste é que mandariam. Aí, nós falamos que não. Pode ter o Conselho, mas proporcional. Se temos 56% da população, nós queremos ter peso equivalente”, disse o governador.
O Consórcio Sul-Sudeste (Cossud) é formado majoritariamente por governadores e parlamentares de oposição e liderado, no momento, por Ratinho Júnior. O grupo vem prometendo dificultar o trabalho do Governo Federal, numa busca por mais poder através de uma estratégia de ação em bloco.