O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU (IPCC) divulgou nesta segunda-feira (20) o relatório síntese do seu atual ciclo de avaliações sobre o aquecimento global provocado pelo homem.
O documento resume os seis últimos relatórios elaborados pelo painel, que é reconhecido mundialmente como a fonte mais confiável de informações sobre as mudanças do clima.
O relatório destaca a urgência de tomar medidas mais ambiciosas para estabilizar a emissão de gases de efeito estufa na atmosfera , a fim de evitar o colapso climático do nosso planeta.
Embora existam opções viáveis e eficazes para nos adaptarmos às mudanças climáticas e reduzirmos globalmente as emissões de poluentes, o desafio continua cada vez maior.
As demandas fundamentais para que o aquecimento do planeta não ultrapasse o limite de 1,5°C até o fim do século vêm sendo implementadas num ritmo considerado “insuficiente” pelos membros do painel.
O IPCC ressalta que precisamos reduzir as emissões globais pela metade até 2030 [48%] e até 99% até 2050 para limitar o aquecimento a 1,5°C
Atualmente, o uso de combustíveis fósseis é o principal impulsionador do aquecimento global, que aumentou mais rapidamente desde 1970 do que em qualquer outro período de 50 anos durante os últimos 2000 anos.
A mudança climática também reduziu a segurança alimentar e afetou a segurança da água, e os eventos de calor extremo estão aumentando as taxas de mortalidade e doenças.
Apesar da crescente conscientização e criação de políticas, o planejamento e a implementação da adaptação estão ficando aquém do necessário.
O relatório ressalta a importância de financiamentos para o clima, que atualmente são altamente inadequados e ainda pesadamente ofuscados pelos fluxos financeiros para as energias fósseis.
O presidente do IPCC, Hoesung Lee , afirmou que "este Relatório Síntese ressalta a urgência de tomar medidas mais ambiciosas e mostra que, se agirmos agora, ainda podemos garantir um futuro sustentável habitável para todos.
A integração de ações climáticas efetivas e equitativas não apenas reduzirá perdas e danos à natureza e às pessoas, mas também proporcionará benefícios mais amplos".
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