O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu, nesta sexta-feira (10), em encontro com seu par americano Joe Biden na Casa Branca, a criação de um grupo de países para mediar a paz entre Rússia e Ucrânia.
"Falei com o presidente Biden [...] sobre a necessidade de se criar um grupo de países que não estão envolvidos diretamente ou indiretamente na guerra da Rússia contra a Ucrânia para que a gente encontre possibilidade de fazer a paz", declarou Lula aos jornalistas ao sair de uma reunião na Casa Branca.
"Estou convencido de que é preciso encontrar uma saída para colocar fim a essa guerra", afirmou Lula, acrescentando que "ninguém quer que essa guerra continue".
Lula defende a criação de "um grupo de negociadores que os dois lados acreditem" porque "a primeira coisa é terminar a guerra, depois é negociar o que vai acontecer no futuro. Mas é preciso parar de atirar, senão não tem solução".
O assunto já havia sido levantado pelo chefe do Executivo federal ao presidente francês Emmanuel Macron e ao chanceler alemão Olaf Scholz. Espera-se que Lula levante a mesma hipótese ao visitar o líder chinês Xi Jinping em Pequim, em março.
Lula foi criticado pela comunidade internacional por dizer que o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, era "tão responsável como [o presidente russo, Vladimir] Putin" na guerra.
Ele também se negou a enviar armas para a Urânia, assim como Índia e África do Sul, e alguns latino-americanos como Argentina, Colômbia e México.
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