Garimpo ilegal cobra 'pedágio' de indígenas em terra Yanomami invadida

Denúncia foi feita pelo Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente de Roraima em visita do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania ao estado

Dados sobre desmatamentos são do Inpe
Foto: Marizilda Cruppe/ Amazon Watch/ Amazônia Real
Dados sobre desmatamentos são do Inpe

Ao passar dos dias, a crise sanitária e humanitária nas Terras Yanomamis ganha um novo capítulo. As violações ambientais e humanitárias tomaram proposções avassaladoras, com registros de casos de contaminação, desnutrição, mortes e estupros de adolescentes pelos invasores garimpeiros. 

Já não bastasse todo o colápso humanitário, a recente visita de integrantes do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente de Roraima com o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania ao estado de Roraima, descobriu uma série de abusos cometidos pelos criminosos. 

A denúncia é que 'fazendeiros' invasores cobram pedágio de indígenas para passar por suas terras, em Alto Alegre, no Norte do estado e também por uma vila na município de Iracema, que serve de base de apoio para os criminosos.

Em Alto Alegre, fazendeiros cobram R$ 200 dos indígenas que precisam cruzar suas terras para chegar à sede do município para receberem benefícios do governo federal e comprar alimentos para as comunidades.

Em Caracaraí, conselheiros puderam identificar indígenas armados ao lado de garimpeiros. No município de Mucajaí a água está contaminada,  os peixes doentes com a presença do mercúrio. 

O órgão realizará uma uma coletiva de imprensa na tarde desta sexta-feira (3) para divulgar as denúncias apuradas nas diligências de trabalho feitas em diversas localidades do estado. 

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