Governo Bolsonaro: TCU aponta falta de transparência na Saúde

Entre outros pontos, relatório do Tribunal de Contas da União deve apontar 'omissão e falta de transparência' do governo Jair Bolsonaro na área da Saúde

Primeiro pronunciamento do Presidente Jair Bolsonaro após eleição de Luiz Inácio Lula da Silva como próximo mandatário da República
Foto: Foto: Isac Nóbrega/PR
Primeiro pronunciamento do Presidente Jair Bolsonaro após eleição de Luiz Inácio Lula da Silva como próximo mandatário da República

O Tribunal de Contas da União (TCU) entregará um relatório das conta de gestão Jair Bolsonaro (PL) à equipe de transição de governo nesta quarta-feira (16). O documento deve apontar diversos pontos, entre eles, omissão de informações e falta de transparência do governo Jair Bolsonaro na área da Saúde.

Documento será entregue nesta quarta (16) ao vice-presidente eleito Geraldo Alckmin, que é coordenador da equipe de transição. O documento apresenta uma avaliação das contas públicas em 29 áreas da administração.

Bruno Dantas, presidente em exercício do TCU e Geraldo Alckmin se encontrarão as 16h30 na sede do Centro do Cultural Banco do Brasil (CCBB) em Brasília para a entrega do documento. 

Além da Saúde, o TCU encontrou riscos em áreas como educação, transporte, benefício assistencial, contratação pública, segurança cibernética, obras paralisadas, políticas públicas de inovação, qualidade e transparência dos dados governamentais informatizados.

O TCU suspeita de irregularidades no Ministério da Saúde e apontam falhas de transparência nas informações sobre insumos estratégicos de saúde. Uma representação recebida pelo tribunal, aponta suspeitas de que a gestão da Saúde ampliou o sigilo sobre os produtos que mantém em seus estoques, limitando o conhecimento da sua real situação.

Segundo apuração da repórter da GloboNews Camila Bomfim, no governo Bolsonaro, os técnicos do TCU concluíram que o Ministério da Economia (comandado por Paulo Guedes) editou normas infralegais — tem teor hierarquicamente inferior às leis já estabelecidas; subordinado às leis — que  restringiram o uso de importantes ferramentas de controle como a Plataforma +Brasil e o ComprasNet .

Essa medida acabou excluindo ferramentas de monitoramento e avaliação das transferências obrigatórias de recursos obrigatórias por lei na pasta da Saúde. Essas transferências constituem a maior parte dos repasses federais nas áreas de saúde.

O TCU cobra no relatório que o governo regulamente a Lei Complementar 141/2012 que garante funcionamento dos sistemas centralizados mantidos pela União para que se possa comparar e rastrear a aplicação dos recursos federais da Saúde aos estados e municípios.

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