O escritor Rodrigo Cabrera Gonzales, tem em sua carreira 17 livros publicados, entre edições físicas e e-books. Advogado em São José dos Campos, interior do estado de S. Paulo, concorre pela segunda vez a uma cadeira na Academia Brasileira de Letras. “precisamos resgatar o fascínio pelos livros, pelas histórias bem contadas, pela cultura e pela arte no país”, diz o escritor.
“Meus livros são de literatura jurídica, mas também corporativos. Cada vez que eu realizo um estudo aprofundado sobre um tema do direito, acabo transformando-o em um livro.” Explica o advogado joseense, que desde 2013 membro da Academia Joseense de Letras, ocupando a Cadeira de nº 21, cujo patrono é o dramaturgo Nelson Rodrigues. Cabrera como é conhecido por amigos e escritores foi Presidente da entidade entre julho 2020 e julho 2022.
Na literatura começou com contos e poesias, mas seu primeiro livro “Desenvolvimento Econômico Municipal” em 2013 alcançou grande repercussão e desde então, o escritor tem uma intensa produção literária, sobre temas jurídicos, de sociologia e de economia.
“Humilhação”, livro sobre dano moral sofridos por autoridades e políticos, lançado em 2014, foi o mais vendido do autor. “As pessoas ficaram curiosas porque inverti a lógica, dando a autoridades eleitas e detentores de cargos públicos o poder de processar por danos morais quem lhe falta com o respeito e a dignidade.”
Após “Humilhação”, seguiram outros livros de direito, com destaque para “Golpe de Estado”, lançado em 2018, em que o autor traz diretrizes jurídicas, históricas e sociológicas sobre a quebra da democracia e a deposição de governos. “Golpe de Estado traz uma análise científica sobre atos de deposição de governos e estabelece uma linha cronológica desde 1931 até hoje, sobre governos que foram depostos na América Latina”.
Mas nem só de livros com teor mais sério e científico é a literatura de Rodrigo Cabrera Gonzales. O autor em 2020 e 2021 aventurou-se pela poesia, lançando “Cartas ao Mar”, um e-book de poemas e “O Azul, o Vermelho e o Negro”, uma coletânea de 27 poemas, no qual mostra uma face mais libertária.
Em agosto deste ano colocou seu nome para a disputa da Cadeira nº 13 da Academia Brasileira de Letras, então ocupada pelo escritor Sérgio Paulo Rouanet. Esta é a segunda vez que Rodrigo Cabrera Gonzales concorre a uma vaga na ABL. Em 2018, disputou com o escritor Inácio de Loyola Brandão que sagrou-se vencedor.
Desta vez acredita que, mais maduro e mais preparado, poderá alcançar a preferência dos acadêmicos. “A Academia Brasileira de Letras é um sonho. Mas sonhos não se guardam em gavetas, assim como livros não devem permanecer em estantes. Pertencer a mais alta Casa das Letras do país possibilita alcançar mais pessoas na defesa da literatura, do conhecimento e da cultura.”
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