Lideranças buscam formar 1ª 'bancada indígena' no Congresso e Estados

Representantes dos povos originários almejam eleger nessas eleições, a primeira bancada indígena da história da política brasileira

Indígenas estão acampados em Brasília para acompanhar votação do Marco Temporal
Foto: Reprodução/APIB - Articulação dos Povos Indígenas do Brasil
Indígenas estão acampados em Brasília para acompanhar votação do Marco Temporal

O número de candidaturas indígenas crescu 125% na comparação com dados de 2014, ano em que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começou a classificar raça dos candidatos.

As lideranças indígenas no Brasil lançaram até o momento 185 candidaturas para eleiões de 2022. O objetivo é formar 'a primeira  a primeira bancada indígena da história'.

Segundo a página de Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais, as Eleições de 2022 já são um marco histórico para os povos originário com 182 até o momento registrados no TSE. Até o momento, este é maior número de registro de candidatos autodeclarados indígenas, desde 2014 – quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) passou a registrar a classificação de raça.  

De acordo com matéria do O GLOBO, o número de candidaturas indígenas femininas quase triplicou em duas eleições. Do total de 29 em 2014 cresceu para 85 em 2022 até o momento.

"Pela primeira vez na história do pleito eleitoral no Brasil, uma bancada indígena disputa as eleições gerais de forma coordenada, a partir das indicações das organizações indígenas de base", disse ao O GLOBO Dinaman Tuxá, um dos coordenadores executivos da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib). 

No total, 30 candidaturas serão apresentadas que são representativas de 26 povos diferentes, sendo 12 que concorrem a vagas de deputado federal e 18 para cadeiras em Assembleias de 20 estados brasileiros diferentes.

A campanha faz parte de uma estratégia de "luta política para ocupação de espaços de decisão e representatividade na sociedade brasileira por lideranças indígenas”, diz o texto. 

Segundo Dinaman Tuxá, um dos coordenadores executivos da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), "a aposta dos povos indígenas na disputa pela institucionalidade, é um projeto político que não se resume ao período eleitoral".

A 'bancada indígena' pretente englobar a construção da participação de lideranças de maneira contínua, a partir de processos formativos, da articulação de base dentro da agenda de prioridades dos povos indígenas.

"Entendemos a Campanha Indígena como um programa mais estruturante, onde a bancada de candidaturas apresentada integra parte do nosso projeto de fortalecimento de participação política por meio da disputa eleitoral. Precisamos ocupar os espaços de decisão e direcionarmos as políticas públicas de acordo com o que pensamos para nosso futuro", explicou Tuxá.

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