Preso no Rio de Janeiro por estuprar menor já foi acusado de violência sexual
Ele já havia sido preso por crime cometido na linha férrea, em Campo Grande
O homem preso na noite da última quinta-feira, em Botafogo, na Zona Sul do Rio, por estuprar uma estudante de 17 anos num hotel já tinha um histórico de violência sexual.
Helton Rodinei de Oliveira Pacheco é acusado de abordar a adolescente, que estava a caminho da escola, em Copacabana, na Zona Sul do Rio, e levá-la até um hotel no Centro do Rio, onde aconteceu o crime. Em dezembro de 2019, no entanto, Pacheco já havia sido preso por outro estupro, cometido na linha férrea, em Campo Grande, na Zona Oeste. Ele passou pouco mais de um ano na cadeia e foi solto em janeiro deste ano.
O modus operandi dos dois crimes é parecido: Pacheco teria afirmado que estava armado quando abordou as mulheres. No caso de Campo Grande, ocorrido em fevereiro de 2019, a vítima foi uma comerciante, que relatou que o homem se apresentou como policial e pediu para revistar sua bolsa da mulher, após ter recebido denúncias de que ela carregava drogas.
Quando se aproximaram de um local vazio, o estuprador informou à vítima que estava armado e a ameaçou de morte. Logo depois, ele a conduziu por meio de um buraco no muro a linha férrea, onde praticou a violência sexual. Pacheco foi preso pelo crime dez meses depois, e foi reconhecido pela vítima na delegacia.
Já no crime mais recente, Pacheco é acusado de abordar a estudante em Copacabana e obrigá-la a caminhar até um ponto de ônibus em Botafogo. Ele também disse que portava uma arma. Os dois, então, embarcaram num ônibus até o Centro. Ao chegar no hotel, ele mostrou à recepcionista a chave do quarto e conseguiu entrar com a jovem em uma suíte no quarto andar. Após o estupro, o criminoso embarcou com a estudante em um ônibus e a libertou na Praia de Botafogo.
Helton foi preso na Rua São Clemente, também em Botafogo. Ele estava com o mesmo casaco utilizado no dia do crime e ainda com o celular da vítima e a chave do quarto onde praticou o estupro.
Antes das acusações de estupro, Pacheco já havia sido preso por outros crimes cometidos com arma de fogo. Em setembro de 2013, ele foi detido por PMs junto com um comparsa após usar um revólver para roubar uma moto em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Na ocasião, segundo a denúncia do Ministério Público, Pacheco teria encostado o cano da arma na cabeça da vítima, "exigindo saber qual era o segredo da motocicleta, afirmando que, se não fosse revelado o segredo, a mataria". Em depoimento, o homem admitiu o crime, disse que, de fato, estava armado e anunciou o assalto, mas alegou que a arma não tinha munição. Em novembro de 2014, Helton foi condenado a 5 ano e 6 meses de prisão pelo roubo.
Agora, preso novamente, o homem ainda vai respondeu por mais um estupro: após ser levado para a delegacia, Pacheco foi reconhecido por outra vítima de 17 anos, que relatou ter sido abordada pelo criminoso, em 2019, na Praça Cardeal Arcoverde, em Copacabana, e obrigada a acompanhar o autor até a Rua Doutor Xavier Sigaud, em Botafogo, onde foi violentada sexualmente.