Homem mais alto do Brasil consegue juntar dinheiro com "vaquinha" para cirurgia
Diagnosticado com osteomielite, Ninão convive com dores há mais de quatro anos
Joelison Fernandes da Silva, de 36 anos, o 'Ninão', vai passar por cirurgia de amputação da perda direita. O homem mais alto do Brasil sofre com problemas por conta de seus 2,37 metros, e, além disso, desenvolveu osteomielite que o impede de andar e o faz sentir dores há mais de quatro anos.
Em uma campanha na internet, ele conseguiu arrecadar R$ 149.322,47 para as cirurgias.
“A maior dificuldade agora é a locomoção por dentro da casa”, disse ele ao g1. Joelison pesa mais de 200 quilos e diz ser ativo apesar da doença e da cadeira de rodas que é necessária desde que os problemas começaram a surgir.
A doença que foi diagnosticada há quatro anos, já manifestava sintomas há uma década e provocou uma infecção, que pode ser causada por bactérias ou fungos, e atingiu o osso, tendo como um dos principais sintomas a dor. “Eu não sabia o que era. Fui diagnosticando quando já tava muito avançado [o comprometimento da perna]”, revelou.
Meu primo é o homem mais alto do Brasil, Guiness book e tudo... Só 2,37 de altura kkkkkk pic.twitter.com/59LgTHarxN
— velha chata (@marcelasoaares_) September 3, 2020
Esse cenário e a indicação dos médicos fez com que ele optasse pela cirurgia e a implementação de uma prótese. "É mais fácil andar com prótese do que com o pé", comenta.
Ele gasta mensalmente cerca de R$ 500 com remédios, quase metade da renda da família. A locomoção prejudicada não o impediu de trabalhar e ele costumava fazer comerciais e era convidado para participar de eventos pelo país inteiro.
Hoje ele mora com a esposa Assunção, no Sertão da Paraíba, e juntos tem renda de R$ 1.100, correspondente à aposentadoria por invalidez que ele recebe.
O paraibano, natural de Taperoá, descobriu o gigantismo aos 14 anos, quanto media 1,95 metro. Na época, teve oportunidade de operar, mas optou por não realizar o procedimento. Parou de crescer há quatro anos com a ajuda de remédios.
“Sofri, sofri muito. Passei 21 anos da minha vida num sítio porque tinha vergonha de vir na cidade. O povo olhava. Parei de estudar também devido a isso”, lembrou ao g1.