Ao som de 'Missão Impossível', Bolsonaro acompanha treinamento militar em Goiás

Disparos de foguetes, tiros, explosões e rasantes de caças fizeram parte da manobra militar acompanhada pelo presidente, ministros e parlamentares

Foto: Reprodução: Agência O Globo
Jair Bolsonaro e ministros comparecem a demonstração da Operação Formosa, de fuzileiros Navais

Ao som das trilhas do filme “Missão Impossível” e de outras produções americanas de ação, o  presidente Jair Bolsonaro assistiu nesta segunda-feira a uma apresentação da Operação Formosa, um exercício militar realizado pela Marinha em Formosa (GO).

Disparos de foguetes, tiros, explosões e rasantes de caças fizeram parte da manobra militar acompanhada pelo presidente, ministros e parlamentares por cerca de 1h30.

Toda a simulação foi transmitida pela TV Brasil. Embora a Operação ocorra há 33 anos, é a primeira vez que ganhou espaço na emissora pública por causa da presença de Bolsonaro.

Na semana passada, o presidente recebeu o convite para o evento em mãos no Palácio do Planalto após um desfile de blindados. A exibição do veículos militares ocorreu na manhã do mesmo dia em que o voto impresso foi derrubado no plenário na Câmara de Deputados e foi encarado como uma ameaça por parlamentares.

Em meio à tensão com Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Bolsonaro vem afirmando que as Forças Armadas são o “poder moderador” e que tem apoio dos militares.

A Operação Formosa é realizada todos os anos pela Marinha desde 1988. Neste ano, pela primeira o Exército e a Aeronáutica também participaram. De acordo com o Ministério da Defesa, a operação "tem como principal propósito assegurar o preparo do Corpo de Fuzileiros Navais, mantendo a tropa preparada para exercer sua atividade-fim". Cerca de 2.500 militares participam do exercício, segundo a pasta.

O treinamento custou R$ 4 milhões aos cofres públicos. Jornalistas foram levados de Brasília a Formosa em onibus disponibilizados pelo ministério da Defesa.

Bolsonaro esteve acompanhado de cinco ministros: Ciro Nogueira (Casa Civil) , Walter Braga Netto (Defesa) , Augusto Heleno (Casa Civil)Marcelo Queiroga (Saúde) e Gilson Machado (Turismo). Nenhum deles deu declarações à imprensa.

Durante a operação militar, o presidente e o ministro da Casa Civil foram convidados a fazer dois disparos em um obuseiro. Lado a lado, Bolsonaro e Ciro Nogueira acionaram as armas, acompanhados por militares.

Capitão do Exército, o presidente ja tinha feito disparos neste modelo. Já Nogueira foi chamado, segundo o Ministério da Defesa, por comandar a Casa Civil para representar os demais ministros. Bolsonaro não discursou nem deu declarações à imprensa.