Azul culpa piloto por permitir que Bolsonaro entrasse em avião sem máscara

Empresa diz ter aplicado "medidas cabíveis" a ele e ao copiloto

Foto: Guilherme Dotto
Azul

A empresa aérea Azul deu explicações à CPI da Covid-19 por permitir que o presidente Jair Bolsonaro entrasse num avião apenas para cumprimentar a tripulação. Segundo a empresa, o culpado foi o piloto da aeronave, e afirma ter punido tanto ele quanto o copiloto. Documento foi obtido pela revista Veja.

“Nota-se que o comandante da aeronave estava fazendo uso da máscara facial de forma adequada, uma vez que estava ciente de sua obrigatoriedade, contudo, diante da presença atípica e inesperada do presidente da República, deixou de conter o ímpeto de manter-se com a máscara no local adequado, no momento em que tirou uma foto”, diz a nota.

Sem entrar em detalhes, afirma ter tomado as "medidas cabíveis" para punir o piloto. Fez questão de ressaltar que o mesmo usava máscara. Afirmou também que caberia ao GSI (Gabinete de Segurança Institucional) a orientação ao presidente para cumprir as recomendações sanitárias.

Bolsonaro entrou no avião e ouviu desde apoio a gritos de "genocida" no dia 11 de junho, em Vitória (ES). Após o ocorrido, senadores pediram explicações da companhia, por deixar o presidente entrar sem máscara e provocar aglomeração. 

Na ocasião, Bolsonaro ironizou: 

“Vocês estão bem hoje, hein? Quem fala ‘Fora Bolsonaro’ devia estar viajando de jegue, não de avião. É ou não é? Para ser solidário ao candidato deles.”