Morte de Bruno Covas repercute na imprensa internacional
Periódicos destacaram atuação do prefeito diante da pandemia e traçaram paralelo com o avô Mário Covas
A morte do prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), na manhã deste domingo, foi notícia nos jornais internacionais. O político foi lembrado pelos períodos por sua atuação frente à pandemia da Covid-19, mesmo enquanto tratava de um câncer, e seu parentesco com o ex-governador de São Paulo, Mário Covas, seu avô.
O francês Le Monde escreveu que Covas se beneficiava “da imagem de um gestor moderado que contrastava com a grande polarização política brasileira”. O jornal ressaltou também a repercussão que a morte do prefeito teve nas redes sociais, mobilizando políticos de espectros políticos distintos.
“A notícia teve grande repercussão nas redes sociais onde milhares de pessoas expressaram de imediato os seus pêsames e solidariedade para com a sua família, em particular com o seu filho Tomas, de 15 anos”, escreveu o jornal.
A Bloomberg relembrou o momento em que Covas se mudou temporariamente para a sede da prefeitura, em março do ano passado, para trabalhar na resposta à Covid-19. São Paulo chegou a ser um dos epicentros da pandemia no país. A agência também reforçou o amor de Covas, torcedor do Santos, pelo futebol:
“Ele permaneceu um torcedor ávido do time de futebol de sua cidade natal — onde a lenda do Brasil Pelé jogou pela primeira vez — até mesmo assistindo a uma partida em janeiro, apesar das restrições de Covid em vigor. Na ocasião, Covas respondeu que em meio a tantas incertezas sobre sua vida, a felicidade de ir com o filho a um estádio lhe deu um ‘sentimento diferente’.”
O jornal espanhol El País destacou que Covas era visto como “uma esperança de renovação no debilitado PSDB, que via sua influência nacional diminuir ano após ano, após deixar a presidência brasileira que ocupou com Fernando Henrique Cardoso entre 1995 e 2002”.
O periódico também fez um paralelo da trajetória do prefeito e de seu avô, que também morreu em decorrência de um câncer. “A exemplo do avô, o ex-prefeito e governador Mário Covas, há 20 anos, o câncer interrompeu a vida de Bruno Covas”, destacou.