Praias ficam lotadas e cariocas ignoram regras de prevenção à Covid-19
No dia em que o estado completou 10 dias com aumento na média móvel de mortes pelo novo coronavírus
Por Agência O Globo |
Depois de um sábado parcialmente nublado, que contribuiu para que o movimento nas areias do Rio ficasse menor, cariocas voltaram a se aglomerar nas praias da cidade neste domingo de sol (27), com temperatura máxima prevista de 37,5 graus, de acordo com o Alerta Rio, da prefeitura.
Em Ipanema, não havia qualquer distância entre guarda-sóis, e, no calçadão, a reportagem não encontrou qualquer tipo de fiscalização .
Pelas regras da prefeitura , apenas a prática de atividades esportivas individuais e o banho de mar estão liberados. A permanência na areia, com cadeiras, cangas ou guarda-sóis continua vedada, mas apesar da proibição , banhistas encheram as areias do Leme, Copacabana, Ipanema e Leblon na manhã deste domingo, o primeiro da Primavera.
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No Leme, alguns grupos disputavam partidas de frescobol, enquanto em Ipanema e no Leblon — onde os milhares de guarda-sóis estavam colados uns nos outros — banhistas jogavam futevôlei, ainda que os esportes coletivos só estarem autorizados de segunda a sexta. Em alguns pontos da orla, as barracas até estavam com algum distanciamento, mas a maior parte dos banhistas não usava máscara .
No último dia 18, o governador em exercício Cláudio Castro prorrogou até o dia 6 de outubro algumas medidas restritivas de prevenção e enfrentamento à Covid-19 no Rio. Além da proibição de eventos com presença de público, a permanência nas areias de praias e liga continua suspensa.
Também fica proibido , aos sábados, domingos e feriados, o estacionamento de veículos particulares em toda a orla da capital fluminense. Só poderão estacionar os proprietários de carros que morem na região. De acordo com a prefeitura, até o fim da manhã 186 veículos foram removidos do Leme ao Pontal.
Neste domingo, o Estado do Rio registrou aumento na média móvel de mortes por Covid-19 pelo décimo dia seguido. Ao todo, são 18.278 vítimas e 261.860 infectados pela Covid-19 desde o início da pandemia, em março.
'Zona crítica' na capital: aumento nas internações
Em meio a este cenário, pesquisadores da Fiocruz concluíram, na última atualização quinzenal do Observatório Covid-19 – que reúne dados entre os dias 6 e 19 deste mês – , que a cidade do Rio está numa !zona crítica" em relação aos leitos para pacientes com coronavírus.
O estudo aponta que há sinais de sobrecarga nos hospitais do município, e que, entre os dias analisados, houve 86% de ocupação nas vagas de UTI destinadas a adultos. Notou-se ainda diminuição na oferta de leitos por 10 mil habitantes. O levantamento foi divulgado nesta sexta-feira.