BRASÍLIA — A deputada federal Flordelis (PSD-RJ) assinou nesta quarta-feira a notificação da representação por quebra de decoro parlamentar na Câmara. Após não se apresentar na Casa, ela foi procurada pelo corregedor Paulo Bengtson (PTB-PA) e assessores jurídicos da Câmara em seu apartamento funcional, que levaram o documento.

Desse modo, começa a contar o prazo de cinco dias úteis para que a parlamentar apresente sua defesa no caso. Além disso, o corregedor terá 45 dias para indicar que a representação é procedente ou não. Contudo, Paulo Bengtson afirmou que o processo está bem adiantado, e deve elaborar um parecer em até 15 dias.

Flordelis foi alvo de uma representação do deputado Léo Motta (PLS-MG) depois que veio à tona a denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro, que aponta a parlamentar como mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson Carmo. Ela também teria convencido os filhos a participar do crime.

Ao contrário dos filhos suspeitos de participar da morte do pastor, Flordelis não foi presa por dispor de foro privilegiado. No entanto, o processo disciplinar na Câmara, se for instaurado pelo Conselho de Ética, pode levar à cassação do mandato.

O colegiado teve os trabalhos suspensos durante a pandemia do novo coronavírus, mas podem ser retomados. O parecer do corregedor é encaminhado para a Mesa Diretora, que o remete ao Conselho. Este, por sua vez, indica a punição que deve ser adotada no caso. Se for pela perda do cargo, o plenário da Câmara ainda precisa referendar a decisão.

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