Bolsonaro em reunião
Reprodução/STF
Bolsonaro em reunião

Após a divulgação do vídeo da reunião ministerial entre Bolsonaro (sem partido) e seus deputados, no final da tarde desta sexta-feira (22), pelo STF,  o presidente se pronunciou pela primeira vez para comentar o conteúdo publicado.

Em entrevista à Jovem Pan, Bolsonaro comentou sobre a falta de eficiência de seu sistema de informação particular. Esse é um dos principais motivos pelo qual Bolsonaro quer ter pessoas mais próximas na inteligência.  "É um sargento que está em um batalhão do bope no rio de janeiro [...] é um amigo meu que está na reserva, e funciona melhor que o serviço de informação que eu tenho oficialmente", afirmou.

Bolsonaro  também falou sobre a publicação do vídeo pelo ministro Celso de Mello. Dentre alguns assuntos, comentou sobre a característica de seus ministros, que, segundo ele, são muito ingênuos.

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"O defeito, me desculpe meus ministros , é não ter a malícia política, eles são muito bons como técnicos. Eu não quero citar nomes para não contranger nenhum deles, mas tem uns ministros aqui que nunca sonhamos com esse conhecimento técnico que tem. Mas, quando entra no campo político, nota 1 ou nota 2 pra ele, porque não conseguem ver a malícia como eu vejo", comentou Bolsonaro.

Bolsonaro foi questionado sobre a forma como falou sobre alguns governadores, em especial os representantes de São Paulo, Manaus e Rio de Janeiro.  No vídeo divulgado pelo STF, o presidente diz: "O que esses caras fizeram com o vírus, esse bosta desse governador de São Paulo, esse estrume do Rio de Janeiro, entre outros, é exatamente isso. Aproveitaram o vírus, tá um bosta de um prefeito lá de Manaus agora, abrindo covas coletivas. Um bosta".

Para a Jovem Pan, ele minimizou o caso e disse que "é como em uma reunião de pauta de vocês jornalistas". Ele ainda afirmou que apenas o trecho sobre o inquerito da polícia federal deveria ter sido divulgado, e não a totalidade do vídeo. "Foi uma reunião reservada, não era para ter divulgado. É lamentável que tenha sido divulgada". 

Bolsonaro terminou a entrevista dizendo que as vidas são importantes, mas a ecnomia também não pode ser deixada de lado.

"Vamos respeitar o vírus, vamos! Vamos respeitar a vida, mas vamos também nos preocupar com os empregos. Quando eu quis abrir as academias foi para combater isso, pessoas que tem obesidade, ou que são sedentárias, estão tendo seus problemas cada vez mais agravados por uma verdadeira neurose que está acontecendo no Brasil".

Após a entrevista com a Jovem Pan, Bolsonaro se dirigiu à tradicional saída do palácio da alvorada, lugar em que constantemente conversa com seus apoiadores e a imprensa. 

O presidente afirmou que a responsabilidade por tudo o que foi apresentado no vídeo liberado por Celso de Mello é de inteira responsabilidade do magistrado. "Nenhum ministro meu tem responsabilidade sobre o que foi falado ali, que foi uma reunião reservada".

Bolsonaro falou sobre a depecpção com o ex-ministro Sérgio Moro . "É lamentável. Um homem que tinha tudo para servir à sua pátria e, obviamente, tendo o presidente como seu líder. Ele aceitou trabalhar comigo e sabia das regras do jogo", comentou.

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