RIO - Gradativamente, os municípios fluminenses vem adotando suas próprias medidas de combate ao avanço do novo coronavírus , restringindo ainda mais a c irculação de pessoas. A exemplo de Arraial do Cabo, primeira cidade turística a implementar ações como fechamento do comércio e controle dos seus acessos, Búzios, na Região dos Lagos, e Paraty, na Costa Verde, adotaram medidas semelhantes, proibindo, entre outras coisas, a permanência em praias e pontos turísticos, além da restrição aos acessos.

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Praia do Sono, em Paraty, é um dos pontos fechados no estado
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Praia do Sono, em Paraty, é um dos pontos fechados no estado

Neste sábado, o prefeito de Búzios, André Granado, decretou calamidade pública, proibindo a entrada no município por tempo indeterminado. Estão liberados apenas moradores e quem trabalhe na cidade, mediante comprovação. Ônibus intermunicipais, táxis e veículos de aplicativo estão proibidos de entrar. Já os ônibus municipais terão que reduzir a frota em 50 por cento. Está também proibida a permanência de pessoas em praias e praças. O decreto suspende eventos que impliquem em aglomeração de pessoas, como cultos religiosos, festas, feiras, e shows. Nesta segunda-feira, um novo decreto instaurando o fechamento de comércios e estabelecimentos de hospedagem será publicado.

Na sexta, o prefeito de Paraty, Luciano Vidal, publicou um decretou proibindo a circulação e permanência em todas as praias, trilhas e cachoeiras do município por 15 dias. A medida também proíbe o funcionamento de lojas, bares e restaurantes, além de suspender as atividades em pousadas, campings, hostels, passeios de barco e jipe pelo mesmo período.

Fica aberta a exceção para supermercados, mercados que trabalham com gêneros alimentícios, serviços de delivery, farmácias, padarias, açougues, peixarias, postos de gasolina e comércios voltados para alimentos e medicamentos de animais. Além disso, o chefe do Executivo anunciou a proibição do corte de fornecimento de água e f lexibilização para pagamento das contas para todos os moradores, pelo prazo de 60 dias. Haverá ainda gestão do município junto à empresa Enel, para que a mesma medida seja adotada em relação à conta de luz.

— Restringimos todos os acessos ao município, inclusive na malha urbana, onde só uma entrada está aberta e só é permitido o ingresso de veículo cujo motorista comprove residência em Paraty ou de veículos que atendam serviços essenciais. Estamos orientando também a saída de todos os turistas que ainda estavam na cidade e fiscalizando as pousadas e meios de hospedagem para que não façam novas reservas.

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Nossa meta é manter 100% da população dentro de casa, saindo só em situações emergenciais, e assim evitar a circulação do coronavírus. Praias, passeios de barco e trilhas também estão proibidos. A gente acredita que dessa forma vamos, ao menos, minimizar o impacto da epidemia no município nas próximas semanas — declarou Vidal.

Outras regiões

Na Região Serrana, Teresópolis, Petrópolis e Guapimirim restringiram, desde sábado, o acesso às cidades. Só entram moradores e profissionais como os da saúde. Nova Friburgo limitou, por decreto, o horário de funcionamento do comércio.

Na Baixada Fluminense, Nilópolis determinou o fechamento do comércio e Magé, que investiga duas mortes, determinou que o comércio só possa abrir até 22h e tenham, na porta, álcool em gel para os clientes. Nova Iguaçu também decretou fechamento do comércio na cidade, a partir deste domingo, por 15 dias. Podem funcionar apenas farmácias, clínicas, laboratórios, supermercados, padarias, clínicas veterinárias e pet shops. Também estão permitidos serviços de delivery e entrega pelos estabelecimentos ou por aplicativos.

Em Itaboraí, a determinação é que o comércio feche as portas a partir de segunda-feira. Maricá decretou o fechamento total do comércio neste sábado e anunciou um pacote de medidas para mitigar os impactos sociais e econômicos à população, como o pagamento de um salário mínimo para microempreendedores individuais, convertido em Mumbucas — moeda social local — , durante três meses. São Gonçalo determinou que bares e restaurantes funcionem com lotação reduzida a 30 por cento e que academias permaneçam fechadas por 15 dias.

Rio Bonito chegou a instalar barricadas nos acessos à cidade, que foram retiradas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). Já em Campos, no Norte Fluminense, foi decretada emergência em saúde, com fechamento do comércio, inclusive bares e restaurantes.

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