Filho de Bolsonaro é investigado por rachadinha na Alerj
Marcos Corrêa/PR
Filho de Bolsonaro é investigado por rachadinha na Alerj

Parlamentares do PSL acreditam que a operação de busca e apreensão em endereços de Fabrício Queiroz e ex-assessores de Flávio Bolsonaro (Sem partido-RJ) pode afetar a imagem do presidente Jair Bolsonaro. O deputado Júnior Bozella (SP), que não faz parte da ala "bolsonarista" do partido, disse nesta quarta-feira que, desde que o senador Flávio Bolsonaro se desfiliou da legenda, essa questão não tem mais a ver com o PSL. O parlamentar também afirmou que com a saída do presidente Jair Bolsonaro do partido, ele deve carregar alguns "ônus" junto.

"Quando o presidente da República fala em montar uma nova sigla e faz alguns apontamentos de forma às vezes até leviana e inconsequente sobre determinadas figuras do PSL, ele acaba trazendo pra si uma responsabilidade muito grande a partir do momento em que ele quer montar um novo partido e nesse partido ele obviamente vai carregar também alguns ônus, não vai ter só o bônus", afirmou.

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Bozella lembrou que Fabrício Queiroz é amigo da família Bolsonaro há muitos anos e operações como a que aconteceu nessa quarta-feira podem atingir a imagem de Flávio.

"Acho que todo tipo de ação como essa que gera princípios de irregularidades, indícios de malversação do dinheiro público, isso possa sim trazer prejuízos para um partido político, traz uma pecha né, para a identidade do agente público que está envolvido nessa questão", disse.

O senador Major Olímpio, líder do PSL na Casa e também da ala com a qual o presidente rompeu, disse que a operação era previsível, dado o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) que permitiu o compartilhamento de dados de inteligência do Coaf. Segundo o senador, a operação deve afetar a imagem do senador Flávio Bolsonaroe do presidente Bolsonaro.

"As primeiras páginas de todos os sites e jornais, a imprensa toda noticiando uma operação, naturalmente não é saudável, lógico que desgasta", disse.

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No entanto, Major Olímpio ressaltou que conforme as investigações avancem, é possível também que encontrem elementos que corroborem com a inocência dos envolvidos no caso.

"Por outro lado, se não encontrarem elementos para uma acusação ou se encontrarem elementos de prova que justifiquem as condutas do Senador e das pessoas envolvidas acaba também terminando essa pressão toda sobre ele."

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