O candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, fez nova tentativa de aproximação com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso neste domingo (14) durante evento da agenda de campanha.
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No encontro, que reuniu representantes de entidades ligadas a pessoas com deficiência, em São Paulo, Fernando Haddad declarou que tem muito respeito por FHC, e disse que "Uma porta não é um obstáculo para defender o país da ditadura, da tortura, da cultura do estupro”, em referência a fala do tucano em entrevista ao jornal Estado de S. Paulo .
Na ocasião, o ex-presidente descartou a possibilidade de voto no candidato Jair Bolsonaro, do PSL, e afirmou que há um “muro” de distância entre os dois. FHC também disse existir uma “porta” entre ele o petista. “Não uma porta aberta, mas uma porta”, acrescentou.
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Para Haddad, essa porta não pode ser um obstáculo para o reestabelecimento da ordem democrática no País. O presidenciável acredita que “Independentemente do PSDB ser oposição ou situação no próximo governo, se eu for eleito, o mais importante hoje é garantir as liberdades democráticas, que estão em risco no nosso país, como ele próprio [ Fernando Henrique Cardoso ] reconhece na entrevista.”
Fernando Haddad cita democracia em outras declarações
Também durante o encontro, o petista citou e questionou as liberdades democráticas em outros dois momentos.
Quando questionado sobre o apoio de Edir Macedo , líder da Igreja Universal, ao candidato do PSL, Haddad destacou que “vê com preocupação quando uma igreja tem um projeto de poder”, e que a liberdade religiosa deve ser garantida no Brasil, garantindo um País aberto a todas as crenças.
“Acho que uma candidatura deve representar todos os brasileiros. O homem público deve estar aberto a qualquer crença. A liberdade religiosa deve ser garantida”, finalizou.
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Fernando Haddad também se manifestou contra a onda de notícias falsas (em inglês, fake news) que estão sendo disseminadas principalmente pelo aplicativo de mensagens WhatsApp. Para ele, esse cenário põe em risco a democracia e as eleições, tanto deste ano como as próximas. “E o futuro do país? Será que ninguém está preocupado com isso? Não se ganha uma eleição dessa maneira. É ruim para o Brasil. Vamos debater propostas”, desabafou.
*Com informações da Agência Brasil