Três mulheres que trabalhavam como assessoras da vereadora Marielle Franco (PSOL), assassinada em março, foram escolhidas para assumirem cargos na Assembleia Lesgislativa do Rio de Janeiro (Alerj) em 2019.
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Renata Souza, Dani Monteiro e Mônica Francisco estão entre a bancada do PSOL no Estado, que tem cinco cadeiras. O trio, que vem de comunidades da periferia da zona norte da capital fluminense, promete continuar o trabalho de Marielle Franco com direitos humanos.
"Era uma coisa pensada talvez para o horizonte de 2020, com uma construção gradual, como tem que ser" explicou Mônica, que acredita que não teriam se candidatado neste ano, ainda, se a vereadora estivesse viva. “A execução da Marielle precipita esse processo”.
Entre as pautas das futuras deputadas estaduais estão medidas que contribuam para a superação das desigualdades sociais e um olhar especial para comunidades da periferia.
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Renata foi a candidata mais votada da bancada do PSOL
, com 63.937 mil votos, conquistando a nona colocação entre os 70 eleitos. Mônica obteve 40.631 votos e Dani, 27.982.
O trio faz parte da ampliação da representação feminina na Assembleia – que passará de oito parlamentares para 11 – e também ficará encarregado de ampliar a representação negra, que sai de 12 para 22. Mônica, Renata e Dani são metade das mulheres negras eleitas (que são seis) enquanto, atualmente, só há duas.
Deputado mais votado destruíu homenagem à Marielle Franco
O deputado mais votado para compor a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro é Rodrigo Amorim, do PSL, que conquistou 140.666 dos votos. Junto com outros 12 nomes eleitos pela sigla, eles integrarão a maior bancada do Estado.
A legenda do candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro, conseguiu formar a maior bancada da Alerj: foram 13 novos deputados eleitos.
Amorim ficou conhecido por ter destruído uma placa em homenagem à ex-vereadora Marielle Franco nos últimos dias de campanha do primeiro turno, e se autointitula "um soldado de Flávio Bolsonaro".
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Além da destruição da homenagem à Marielle Franco, que virou símbolo da esqueda brasileira, o futuro deputado estadual também afirmou que, se depender dele, "a esquerda terá dias muito difíceis na Alerj" .