O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, decidiu nesta quarta-feira (4) prorrogar por mais 90 dias o inquérito que investiga uma agressão ao ministro Alexandre de Moraes. A decisão ocorre após um pedido da Polícia Federal, que ainda não teve a oportunidade de analisar as imagens do incidente que ocorreu no aeroporto de Roma, na Itália, em julho deste ano.
As imagens das câmeras de segurança do aeroporto chegaram ao Brasil no início de setembro, mais de um mês após o episódio. Elas são fundamentais para a confirmação dos fatos ocorridos na ocasião.
Segundo as gravações, Mantovani Filho deu um tapa em Barci de Moraes. No entanto, o empresário negou ter agredido o filho do ministro e alegou que agiu apenas para afastá-lo de sua esposa, após xingamentos.
Além de Roberto Mantovani Filho e Alexandre Barci de Moraes, o inquérito também envolve a esposa de Mantovani Filho e o genro do casal. As investigações buscam esclarecer as circunstâncias que levaram à agressão e avaliar possíveis responsabilidades no ocorrido.
Toffoli, ao prorrogar o inquérito, decidiu retirar o sigilo do processo, com exceção das imagens das câmeras de segurança, com o objetivo de preservar os direitos à imagem e à privacidade dos envolvidos.
O ministro Moraes relatou que estava na área de embarque do aeroporto quando a agressão ocorreu e que não estava acompanhado de escolta policial na ocasião.