O ex-secretário de Comunicação Fábio Wajngarten afirmou nesta terça-feira (11) que não se preocupa com o teor das informações encontradas no celular do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid. Segundo Wajngarten, “não há o que temer” sobre as mensagens no telefone do tenente-coronel.
O braço-direito de Bolsonaro esteve no Senado para acompanhar a oitiva de Cid na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Antidemocráticos. Wajngarten disse que o telefone de Mauro Cid era um “muro das lamentações” e vê como “natural” conversas sobre todos os temas.
“O telefone do tenente-coronel Mauro Cid sempre esteve à disposição. Não apagou nada, nunca trocou de telefone. Não há o que temer no telefone dele. O telefone dele era o muro das lamentações de todas as demandas para o presidente da República. Natural que tenha toda a conversa de todos os tipos e de todos os temas”, afirmou.
“O tenente-coronel era o bom dia e o boa noite do presidente, começando com o briefing logo cedo, muitas vezes eu acompanhava, e era o último a deixar a companhia do presidente quando ele se recolhia”, completou.
Cid prestou depoimento à CPMI nesta terça, mas se manteve em silêncio em todos os questionamentos. Ele acusado de arquitetar um plano de golpe, após a Polícia Federal encontrar uma foto de um documento com teor golpista em um celular.
A cúpula bolsonarista já admitiu a preocupação com o impacto sobre Bolsonaro após a divulgação de mensagens entre Cid e membros do Exército para o planejamento de um golpe de Estado. Entretanto, aliados tentam colocar “panos quentes” no assunto e dizem que o ex-presidente não tem ligação com as ações de Mauro Cid ou com o plano golpista investigado pela PF.