Alckmin durante sua fala em evento em comemoração ao Dia do Médico, em São Paulo
Reprodução: Twitter / @marivarella
Alckmin durante sua fala em evento em comemoração ao Dia do Médico, em São Paulo

O vice na chapa presidencial do ex-presidente Lula (PT), Geraldo Alckmin , afirmou nesta quarta-feira (18) que o Brasil vive o que ele chamou de " ativismo antivacina " sob a  gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL) e cobrou responsabilidade das entidades médicas. Ele relacionou os posicionamentos negacionistas da atual gestão federal à queda da imunização de diversas doenças.

"Estamos vivendo um retrocesso civilizatório, um ativismo antivacina", afirmou Alckmin em evento em comemoração ao Dia do Médico, em São Paulo. "Temos que chamar as entidades médicas à responsabilidade. O resultado está aí: caiu a vacinação da poliomielite, da BCG. Isso é uma irresponsabilidade."

O médico Dráuzio Varella, também presente no evento, disse que, pela primeira vez, durante a pandemia sentiu "vergonha dos médicos".

"Se a gente pensar nas medidas tomadas pelo governo federal são inacreditáveis. Foram contra o isolamento e o uso de máscaras. Como um médico, alguém que tem formação médica, pode fechar os olhos diante dessa barbárie que foi cometida no Brasil?", questionou.

"Com o maior sistema de Imunizações do mundo o Brasil podia ter dado um show na pandemia. Nós poderíamos ter protegido milhares dessas pessoas que morreram", completou.

Durante a pandemia, o Conselho Federal de Medicina (CFM) foi criticado por grupos da categoria que acusaram a entidade de agir com viés político alinhado a Bolsonaro. Em abril de 2020, o CFM divulgou um parecer que condicionava o uso de cloroquina e hidroxicloroquina a critério médico e consentimento do paciente. Não há evidências de que o medicamento tenha efeito sobre a prevenção ou tratamento da Covid-19.

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