Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde e general da atova
Foto: Agência Senado
Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde e general da atova

Para o vice-presidente da CPI da Covid, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), não restam dúvidas que o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello cometeu crime de falso testemunho ao depor à Comissão.

Em entrevista à GloboNews na tarde deste sábado (17), Randolfe disse que o vídeo divulgado pelo jornal Folha de S. Paulo —onde Pazuello está  reunido com intermediários interessados em vender doses da CoronaVac— prova que o ministro mentiu à comissão.

Durante seu depoimento, o  general afirmou que não se reunia com empresas porque era o tomador de decisões da pasta para justificar o fato de não ter atendido os representantes da Pfizer. 

A recusa em receber os dirigentes da farmacêutica norte-americana, fez com que, segundo o senador, a vacinação no Brasil não fosse iniciada em dezembro de 2020, provocando milhares de mortes evitáveis. 

Apesar de Pazuello dizer à CPI que não se reunia com empresas, as imagens da reunião comprovam que ele negociou a compra de vacinas em março. Desde janeiro, o Brasil já vacinava a população com a CoronaVac com doses fornecidas diretamente pelo Instituto Butantan, parceiro da fabricante chinesa Sinovac.

"Ficamos estupefatos com o vídeo do senhor Eduardo Pazuello recebendo um intermediário da vacina CoronaVac, com o Brasil já tendo iniciado a vacinação com o Instituto Butantan. Mais de 3 mil mortos por dia [no Brasil] e o ministro da Saúde estava recebendo intermediários que não tinham vacina", criticou o senador do Amapá. 

Randolfe ainda afirmou que há indícios de que o ex-ministro também pode ter cometido outros crimes, como tráfico de influência e corrupção passiva. "Falso testemunho é o menor dos crimes dele", disse.


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