Deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), com camiseta ilustrando o presidente Jair Bolsonaro
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Deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), com camiseta ilustrando o presidente Jair Bolsonaro

Em depoimento à Polícia Federal, o deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) justificou os motivos pelos quais descumpriu diversas vezes a ordem de usar a tornozeleira eletrônica , o que fez com que ele voltasse à prisão.

Entre os argumentos apresentados por Silveira nessa quinta-feira (16) para as infrações relacionadas ao uso do equipamento, Silveira alegou que o cachorro roeu o carregador da tornozeleira eletrônica , "o que motivou sua ida até a central para troca do carregador". Além disso, ele afirmou que o anti-inflamatório que estava usando provocava "muito sono", fazendo com que ele não pudesse carregar o aparelho.

Outra justificativa dada pelo deputado é que na região de Petrópolis (RJ), onde ele mora, há frequentes interrupções no fornecimento de energia. O delegado responsável pelo caso disse que vai consultar a empresa de energia elétrica "para constatar a veracidade sobre constantes faltas de energia na região".

O deputado também afirmou que, em certos momentos, deixou de carregar a tornozeleira enquanto participava de sessões da Câmara virtualmente, e isso teria ocorrido "por falta de atenção, mas não deliberadamente". Ainda de acordo com ele, os treinos diários de muay thai "podem ter danificado o interior do equipamento, mas a cinta externa está intacta".

Apesar do acusado não concordar com o uso do aparelho, destacou ter "consciência de que ordem judicial se cumpre, independentemente, de seu conteúdo".

Silveira havia sido preso em fevereiro por ataques aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Desde março, foi autorizado a cumprir prisão domiciliar, mas foi preso novamente em 24 de junho , após  violar o monitoramento eletrônico por 30 vezes e descumprir a ordem de pagamento de fiança de R$ 100 mil imposta a ele pelo ministro da Corte Alexandre de Moraes. Atualmente, o deputado está preso no Batalhão Especial Prisional da Polícia Militar do Rio, em Niterói.





Em sua decisão, Moraes disse que o deputado demonstrava "total desprezo pela Justiça" pelas inúmeras violações.

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