Vice-presidente, Hamilton Mourão (PRTB)
Pozzebom/Agência Brasil
Vice-presidente, Hamilton Mourão (PRTB)

Nesta quarta-feira (05), Hamilton Mourão (PRTB), vice-presidente do Brasil, se manifestou sobre o depoimento dado pelo ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta , na CPI da Covid , que apura a conduta do governo federal durante a pandemia do novo coronavírus. As informações foram apuradas pelo Metrópoles. 

“Mandetta fez um depoimento longo, 7 horas. Nem interrogatório de bandido leva 7 horas, um troço muito longo, não sei como ele aguentou”, disse o general ao chegar no Palácio do Planalto. 

“Única coisa que eu acho é que ele não precisava ter atacado o ministro Paulo Guedes, que aquilo foi uma questão pessoal entre os dois, que ele levou lá para dentro”, declarou Mourão.

Durante seu testemunho na comissão, Mandetta falou sobre Paulo Guedes: “Esse ministro Guedes, da Economia, é desonesto intelectualmente. Uma coisa pequena. Homem pequeno para estar onde está. Esse ministro não soube nem olhar no calendário para dizer: ‘poxa, quando ele [Mandetta] estava aqui nem vacina sendo comercializada no mundo havia’. Só posso lamentar”, disse Mandetta.

O ex-ministro ainda ressaltou que, durante seu tempo no comando da pasta, esteve presente em reuniões com ministros que também contava com a presença de Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), que fazia anotações sobre os encontros . “Eles tinham constantemente reuniões com grupos dentro da Presidência. Tinham um assessoramento paralelo”, ressaltou.

De acordo com as falas de Mandetta, Bolsonaro estava ciente que o Brasil se aproximava dos 180 mil mortos pelo novo coronavírus no fim do ano.“Alertei sistematicamente, mostrei as projeções”, compartilhou. 

“Me lembro do presidente falar que adotaria o chamado confinamento vertical, que era algo que a gente não recomendava. Tinha uma outra fonte, que dava a ele o porquê. Nunca houve a recomendação nossa que não fosse da cartilha da OMS [Organização Mundial de Saúde]”, declarou.

O vice-presidente também se manifestou sobre a Reforma Tributária.“É uma questão de refazer a comissão e prosseguir nos trabalhos. Quem perde é o Brasil, não o governo. Governo é uma questão transitória, quem perde é o país, porque se nós não fizermos a reforma tributária vai continuar com a produtividade baixa, sem gerar emprego e renda”, afirmou.

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