Presidente da República, Jair Bolsonaro
Reprodução: iG Minas Gerais
Presidente da República, Jair Bolsonaro

Em pronunciamento realizado por videoconferência a criadores de gado, o presidente Jair Bolsonaro afirmou na manhã deste sábado (1º), que seu governo reduziu a aplicação de multas ambientais para optar pelo "aconselhamento" e gerar "tranquilidade" aos produtores rurais.

"Os senhores também, no nosso governo, tiveram uma participação do Ibama e do ICMBio sem agressões, a quantidade de multa caiu bastante porque nós preferimos entrar pelo lado, primeiro, do aconselhamento, das observações. Em último caso, a questão das multagens. Isso diminuiu bastante no campo e trouxe mais paz e tranquilidade para o produtor rural", discursou o presidente.

O pronunciamento foi transmitido ao vivo para o evento virtual da ExpoZebu, organizado pela Associação Brasileira dos Criadores de Zebu. A ministra da Agricultura Tereza Cristina também participou da transmissão.

As declarações de Bolsonaro ocorrem em um momento no qual o Brasil tenta obter recursos internacionais para auxiliar no combate ao desmatamento , que tem chegado aos níveis mais elevados dos últimos anos. O mês de março de 2021 registrou recorde de alertas de desmatamento na Amazônia na série histórica do Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), sistema de vigilância do Inpe implementado desde 2015. Ao menos 367 km² de floresta foram perdidos, o que significa um aumento de 12,5% em relação a março de 2020.

No seu pronunciamento, Bolsonaro ainda defendeu que o Congresso Nacional aprove um projeto de regularização fundiária que havia sido proposto por seu governo, que ficou conhecido como " MP da Grilagem ". A medida provisória foi enviada no ano passado, mas não foi aprovada, então o senador Irajá Abreu (PSD-TO) apresentou uma proposta de teor semelhante. Bolsonaro afirmou ter conversado com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e disse aos ruralistas que ele colocará o assunto em pauta para votação.

O presidente ainda fez críticas ao Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e disse que cortou repasses de recursos à entidade.

"(No) nosso governo também, poucas invasões tivemos no campo. Tivemos então a perspicácia de buscar minar os recursos para o MST. Acabamos com o repasse de ONGs para eles, eles perderam bastante força e deixaram de levar o terror para o campo", afirmou.

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!