Covereadora Samara Sosthenes, do mandato coletivo Quilombo Periférico
Reprodução Twitter
Covereadora Samara Sosthenes, do mandato coletivo Quilombo Periférico


Na madrugada deste domingo (31), a covereadora Samara Sosthenes (PSOL), uma das integrantes do mandato coletivo Quilombo Periférico, foi alvo de um atentado a tiros na casa em que vive com a mãe e os irmãos. Ela é a  segunda parlamentar paulistana negra e transexual vítima de ameaça de morte e intimidação em um intervalo de menos de uma semana.

Na última quarta-feira (27), a covereadora Carol Iara - uma mulher transexual - teve sua casa atingida por tiros , nas mesmas circunstância do atentado contra a correligionária Samara.

O perfil da "Mandata Quilombo Periférico" no Twitter fez publicações explicando as circunstâncias do caso. Segundo os membros do mandato, há um padrão nos ataques contra as representantes eleitas pelo PSOL no Legislativo municipal. 


A vereadora Luana Alves, líder do PSOL na Câmara dos Vereadores de São Paulo, reitera o argumento de que não se trata de casos isolados e afirma que os agressores priorizam a intimidação contra mulheres negras . Ela acompanha Samara no registro do boletim de ocorrência na delegacia localizada na Rua Brigadeiro Tobias, 527, no centro de São Paulo.

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"Isso é um aprofundamento do que é essa onda que está acontecendo, de tentativa intimidação, em especial de mulheres trans e negras do PSOL . A gente sabe que o PSOL elegeu 3 mandatos de mulheres negras, sem contar os mandatos coletivos que têm pessoas negras na sua composição, é mais do que a Câmara já elegeu ao longo da sua história ", afirma. 

O partido triplicou o número de assentos conquistados na casa legislativa de São Paulo. Em 4 anos, o PSOL saltou de 2 vereadores eleitos para 6 nas últimas eleições. Atualmente a legenda é uma das principais vozes de oposição ao mandato do prefeito Bruno Covas (PSDB), com 10% da Câmara ocupada pela sua bancada.

"Não é comum para muita gente que quer ver um Brasil profundamente racista e patriarcal ver a gente nesse espaço. Para muita gente isso é inadmissível e a tentativa é de nos intimidar. Mas na gente não se intimida, cobra investigação e identificamos que há um padrão nos dois ataques. Queremos que seja investigado para que se chegue aos culpados dessa tentativa de calar a voz das mulheres eleitas democraticamente pelo PSOL. Não vamos deixar que isso aconteça", diz Luana.



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