Allan dos Santos é investigado em dois inquéritos
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Allan dos Santos é investigado em dois inquéritos

Mensagens obtidas pela Polícia Federal e utilizada para confrontar o tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, da Ajudândia de Ordem da Presidência e assessor do presidente Jair Bolsonaro, mostra que o blogueiro Allan dos Santos teria dito ao assessor que "as forças armadas precisam entrar urgentemente".

Allan é investigado em dois inquéritos no STF: um deles apura ameaças, ofensas e fake news contra a Corte e outro investiga o financiamento de atos antidemocráticos em Brasília. A mensagem, obtida pelo Estadão, entra em conflito com o depoimento do assessor, que afirmou "não se recordar de ter estabelecido conversas" com o Allan dos Santos.

Mauro Cid também negou apoiar a interveção das forças armadas e reforçou que conversas com o blogueiro não eram frequentes. A mensagem teria sido enviada ao assessor em maio, um dia depois de protestos de grupos antifascistas no país.

Segundo a Polícia Federal, Allan enviou, por whatsapp, uma reportagem sobre os protestos. Após visualizar, o militar respondeu ‘Grupos guerrilheiros/terroristas. Estamos voltando para 68, mas agora com apoio da mídia’.

Allan dos Santos replicou: ‘As FFAA (Forças Armadas) precisam ENTRAR URGENTEMENTE’, ao que o tenente-coronel respondeu com um ‘Opa!’. À PF, de acordo com o Estadão, Mauro Cid disse que o seu ‘Opa!’ era apenas uma saudação.

Em uma mensagem anterior, no dia 26 de abril, Allan dos Santos afirmou que "não via soluções por vias democráticas", provavelmente em comentário à crise enfrentada pelo governo federal após a saída do então ministro Sérgio Moro.

Em depoimento à Polícia Federal, o assessor do presidente negou que Bolsonaro concorde com as opiniões do blogueiro e também negou a existência de um "gabinete do ódio" no Planalto.

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